Professores da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) decidiram, em assembleia, manter a greve, iniciada no dia 13 de maio. Eles continuam acampados
na Secretaria de Educação da Bahia (SEC), em Salvador, nesta
quinta-feira (16), onde estão há um dia. Uma nova reunião está agendada
com o governo para as 15h.

Além da Uneb, a paralisação atinge ainda Universidade Estadual de Feira
de Santana (Uefs), a Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e a Estadual
de Santa Cruz (Uesc). A Associação dos Docentes da Universidade do
Estado da Bahia (Aduneb) indica que pelo menos 60 mil alunos e de 5,5
mil professores são afetados.
Diretora-executiva da Aduneb, Caroline Lima, professora de História que
atua em Eunápolis, sul da Bahia, informou que 60 docentes participaram
da assembleia desta manhã. Ela informou que ainda não há consenso entre a
proposta dos professores e a proposta do governo estadual. "Na reunião
da tarde, nós vamos fazer esforço enorme para que o impasse seja
diluído", informou.
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Entre os entraves, estão a progressão e alteração do regime de trabalho
e a suplementação do orçamento em R$ 19 milhões, que teria sido
reduzido em dois anos por meio de cortes anuais. Além disso, o movimento
busca investimento de 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para o
orçamento das instituições e ainda a criação de uma "política de
permanência estudantil efetiva que assegure aos alunos condições de
concluírem seus cursos".
"Temos professores que estão na fila há três anos por promoções. Alguns
entraram na Uneb como especialistas, fizeram mestrado e iniciaram
doutorado e continuam na fila. Queremos que não exista mais essa fila".
Sobre o assunto, a proposta do governo prevê a ampliação de 80 para 215,
ainda este ano, a quantidade de docentes que terão promoções e
progressões, "além do compromisso de implementar, no prazo de 90 dias,
todos os processos que já se encontram em tramitação". Segundo o
governo, com isso, 95% dos processos em espera serão antendidos. "O
governo disponibilizará recursos orçamentários para implementação dos
processos, sem comprometer o orçamento de custeio e investimento das
universidades", indicou.
Na nova proposta, o governo afirmou que vai revogar a lei nº 7176/97 e
criar nova lei que garante mais autonomia às universidades. "A estrutura
de cada universidade passa a ser definida pelo estatuto elaborado pelas
próprias universidades", informou.
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