terça-feira, 15 de julho de 2014

CUIDANDO DA SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA




"Inscrições abertas para consultoria em mapeamento de pesquisadores (as) em saúde da população negra": Candidatos(as) à consultoria têm até 18 de julho para se inscrever. A documentação completa deve ser enviada para o e-mail selecao@unfpa.org.br, com o título “Mapeamento Nacional de Pesquisadores (as) em Saúde da População Negra”.

A LUTA VAI RECOMEÇAR.

Manifestantes anunciam volta às ruas


Manifestantes anunciam volta às ruas

   Os integrantes de movimentos de protesto contra a Copa do Mundo – que não conseguiram se articular durante o mundial diante da repressão policial -  pretendem  voltar às ruas, agora contra as eleições, principalmente contra os candidatos à Presidência. Denominam o pleito de “Farsa Eleitoral”.  Articulam-se para protestar sobre os pagamentos dos custos da Copa, em movimentos que se opõem aos políticos, portanto dizem que  não aceitarão a participação de partidos, como já aconteceu  em relação ao PSOL e o PSTU.  A bandeira dos líderes das manifestações  terá como base a “democracia direta”, a liberdade  e uma ampla reforma no País. Assim, de acordo com as tais  lideres,o principal alvo serão os políticos, independente dos partidos  a que pertençam. Prometem se manifestar nos comícios e atos públicos dos candidatos à Presidência.

COVARDIA ESTATAL.

Vítima de tortura na ditadura militar é ouvido pela Comissão da Verdade na Bahia.


Vítima de tortura na ditadura militar é ouvido pela Comissão da Verdade na Bahia

Emocionado ao recordar o período de torturas, o antigo preso político durante a ditadura militar José Carlos Zanetti prestou depoimento nesta segunda-feira (14) para a Comissão Estadual da Verdade (CEV), em que critica a reação atual dos militares. “Eles se fecham e não admitem nada com relação às torturas praticadas”, comentou. O economista também relatou os momentos angustiantes da sua história, quando sofreu no “pau-de-arara” com choques elétricos e outras agressões. “Não conheci meus algozes porque sempre era torturado de olhos vendados. Depois da tortura, apareciam alguns militares para dizer que não concordavam com aquilo”, relatou. O colegiado, criado em 2012, tem até dois anos para apresentar relatório baseado nos documentos e depoimentos apanhados, com o objetivo de divulgar os casos de violação aos direitos humanos ocorridos com baianos durante os anos de chumbo. Até o momento, 44 vítimas foram ouvidas, em Salvador e Feira de Santana, e 600 documentos foram recebidos.

AGROECOLOGIA: SOLUÇÃO PARA A FOME DO MUNDO SEM AGREDIR O PLANETA.

Quem tem medo da agroecologia?


A agricultura ecológica deixa alguns bem nervosos. É o que se constata, ultimamente, na multiplicação de artigos, entrevistas, livros que tem apenas o objetivo de desprestigiar seu trabalho, desinformar sobre sua prática e desacreditar seus princípios. Trata-se de discursos cheios de falsidades que, vestidos de uma suposta independência científica para se legitimar, contam-nos as “maldades” de um modelo de agricultura e alimentação que ganha progressivamente mais apoios. No entanto, por que tanto esforço para desautorizar esta prática? Quem tem medo da agricultura ecológica?

Quando uma alternativa é bem aceita socialmente, são duas as estratégias para neutralizá-la: a cooptação e a estigmatização. A agricultura ecológica é torpedeada por ambas. Por um lado, cada vez são mais as grandes empresas e os supermercados que produzem e comercializam estes produtos para atender a um florescente nicho de mercado e “limpar” a imagem, mesmo que suas práticas não tenham nada a ver com o que este modelo defende. Seu objetivo é cooptar, comprar, subsumir e integrar esta alternativa ao modelo agroindustrial dominante, esvaziando-a de conteúdo real. Por outro lado, a estratégia do “medo” é estigmatizar, mentir e desinformar sobre a mesma, confundir a opinião pública, para assim desautorizar este modelo alternativo.

E se alguém levanta a voz em sua defesa? Sofre insultos e desqualificações. Se um cientista se posiciona contra a agricultura industrial e transgênica, é tachado de “ideológico”. Como se defender este tipo de agricultura não respondesse a uma determinada ideologia, a daqueles que se situam na órbita das multinacionais agroalimentares e biotecnológicas e que muitas vezes cobram das mesmas. Se um “não cientista” a critica, então, seu problema é que não sabe, que é um ignorante. De acordo com estes, parece que só os cientistas e, em particular, aqueles que defendem seus próprios postulados, podem ter uma posição válida a respeito. Uma atitude muito respeitosa com a diferença. Outra prática habitual é qualificar quem critica de “magufo”, sinônimo depreciativo, segundo a gíria desta “elite científica”, de anticientífico. Vê-se que defender uma ciência a serviço do público e do coletivo implica em ser contra ela. Uma argumentação de loucos.

Vejamos, na sequência, algumas das afirmações mais repetidas para desqualificar e desinformar sobre a agricultura ecológica, e que ampliaremos em artigos subsequentes. Porque há quem acredita que repetir mentiras serve para construir uma “verdade”. Contra a calúnia, dados e informação.

O perigo dos agrotóxicos

“A agricultura ecológica não é mais saudável nem melhor para o meio ambiente”, dizem. Querem nos fazer acreditar que uma agricultura industrial, intensiva, que usa sistematicamente produtos químicos de síntese em sua produção, é igual a uma agricultura ecológica que prescinde dos mesmos. Incrível. Se as práticas agroecológicas emergem é precisamente como resposta a um modelo de agricultura que contamina a terra e os nossos corpos.

Há anos, a retirada e proibição de fitossanitários, agrotóxicos, utilizados na agricultura convencional foram uma constante, após se demonstrar seu impacto negativo sobre a saúde do campesinato e dos consumidores e no meio ambiente. Talvez o caso mais conhecido seja o do DDT, um inseticida utilizado para o controle de pragas desde os anos 1940 e que, devido à sua alta toxicidade ambiental e humana e pouca ou nula biodegradabiidade, foi proibido em muitos países. Em 1972, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos vetou seu uso ao considerá-lo um “potencial cancerígeno para as pessoas”. Outras agências internacionais, como o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, entre outras, denunciaram também estes efeitos. Mesmo assim, quem mantém a afirmação inicial – aqui rebatida – mostra-se ainda, e mesmo que possa surpreender, partidário do DDT e o segue defendendo, apesar de todas as evidências.

No entanto, o DDT não é um caso isolado. Cada ano, produtos químicos de síntese utilizados na agricultura industrial são retirados do mercado pela Comissão Europeia. Sem ir mais longe, em 2012, o Tribunal de Grande Instância de Lyon concluiu que a intoxicação do camponês Paul François e as consequentes sequelas em sua saúde foram devidas ao uso e manipulação do herbicida Lasso, da Monsanto, que não informava nem sobre a correta utilização do produto nem sobre seus riscos sanitários. A própria Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) sentenciava no artigo Control of water pollutiom from agriculture, em 1996, que o uso de pesticidas na agricultura tinha efeitos negativos em vários níveis: 1) Nos sistemas aquáticos, já que sua alta toxicidade e a persistência de químicos degradava as águas. 2) Na saúde humana, pois a inalação, a ingestão e o contato com a pele destes produtos químicos incidia no número de casos de câncer, deformidades congênitas, deficiências no sistema imunológico, mortalidade pulmonar. 3) No meio ambiente, com a morte de organismos, geração de cânceres, tumores e lesões em animais, através da inibição reprodutiva, e a disrupção endócrina, entre outros. Que fitossanitários serão proibidos amanhã? Impossível saber. Até quando permitiremos continuar sendo cobaias?

Brincando com a saúde dos países do Sul

Capítulo à parte mereceria a análise do impacto destes agrotóxicos sobre a saúde das comunidades próximas às plantações onde são aplicados. Inúmeros foram os casos documentados, especialmente em países do Sul, onde seu uso é mais permissivo. Na Argentina, temos o conhecidíssimo caso das Mães de Ituzaingó, em Córdoba, em pé de guerra contra as fumigações nas plantações de soja ao redor da sua comunidade, e responsáveis pelo alto número de casos de câncer, malformações em recém nascidos, anemia hemolítica... que afetam a sua população. Em 2012, a Câmara I do Crime de Córdoba deu-lhes ganho de causa ao sentenciar que a fumigação com agrotóxicos era crime e seus autores foram condenados por contaminação dolosa.

Em vários países centro-americanos, o uso sistemático do Dibromo Cloropropano (DBCP) em plantações das Standard Fruit Company, Dole Food Corporation Inc., Chiquita Brands International foi o responsável por centenas de mortes, cânceres, deficiências mentais, malformações genéticas, esterilidade e dores por todo o corpo entre seus trabalhadores. Mesmo que, em 1975, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos considerasse a DBCP um possível agente cancerígeno, as multinacionais bananeiras continuaram a usá-lo. A lista poderia continuar com casos de comunidades afetadas pelo uso de agrotóxicos na Índia, Tailândia, Paraguai e muitos outros países. A agricultura industrial produz doenças e mortes, como demonstram os dados. Quem o negar, mente.

Se falamos de alimentação e saúde é necessário referir-se também ao impacto negativo de alguns aditivos alimentares (aromatizantes, colorantes, conservantes, antioxidantes, adoçantes, adensadores, realçadores de sabor, emulsionantes...) em nosso organismo. Está claro que desde as origens da alimentação existem métodos para conservá-la, e é fundamental que assim seja, caso contrário, o que comeríamos? Entretanto, o desenvolvimento da indústria alimentar generalizou o uso de aditivos químicos de síntese para adaptar a alimentação às características de um mercado quilométrico (onde os alimentos viajam grandes distâncias do campo ao prato), consumista (realçando desnecessariamente a cor, o sabor e o aroma dos produtos para torná-los mais apetecíveis) e que adoça artificialmente a alimentação, com produtos que deixam muito a desejar.

Do aspartame e do glutamato monossódico

Não se trata de colocar todos os aditivos no mesmo saco, mas assinalar o impacto que alguns podem ter em nosso organismo, especialmente os aditivos sintéticos, em comparação com os naturais. O livro Os aditivos alimentares. Perigo, de Corinne Gouget, assinala especialmente dois: o aspartame, codificado na Europa com o número E951, e o glutamato monossódico, com o E621.

O aspartame é um adoçante não calórico empregado em refrigerantes e comida “light”. Alguns estudos apontaram as consequências negativas que pode ter em nossa saúde. A Fundação Ramazzini de Oncologia e Ciências Ambientais, com sede na Itália, publicou, em 2005, na revista Environmental Health Perspectives os resultados de um exaustivo trabalho onde, a partir da experimentação com ratos, assinalava os possíveis efeitos cancerígenos do aspartame para o consumo humano. O informe concluía que o aspartame é um potencial agente cancerígeno, inclusive com uma dose diária de 20 miligramas por quilo, muito abaixo dos 40 miligramas por quilo de ingestão diária aceitos pelas autoridades sanitárias europeias. A Fundação Ramazzini concluía que era necessário revisar as diretrizes sobre sua utilização e consumo. No entanto, a Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA, em sua sigla em inglês) omitiu estas conclusões e, seguindo a pauta habitual com os trabalhos científicos críticos, desautorizou o trabalho. Não esqueçamos os laços estreitos da EFSA com a indústria alimentar e biotecnológica e como, por exemplo, sua presidenta na Agência Espanhola de Segurança Alimentar é Ángela López de Sá Fernández, ex-diretora da Coca-Cola.

O glutamato monossódico, por sua vez, é um aditivo realçador de sabor muito utilizado em frios, hambúrgueres, misturas de condimentos, sopas, molhos, batatas fritas, guloseimas. Estes últimos, muito consumidos pelas crianças. Em 2005, o professor de fisiologia e endocrinologia experimental da Universidade Complutense de Madri, Jesús Fernández-Tresguerres, um dos 35 membros da Real Academia Nacional de Medicina, publicou nos Anais da Real Academia Nacional de Medicina os resultados de um longo trabalho onde analisava os efeitos da ingestão de glutamato monossódico no controle do apetite. As conclusões foram demolidoras: sua ingestão aumentava a fome e a voracidade em 40% e impedia o bom funcionamento dos mecanismos inibidores do apetite, o que contribuía para o aumento da obesidade e, a partir de certas quantidades, se considerava que poderia ter efeitos tóxicos sobre o organismo. Alguns chegaram a denunciar, informalmente, esta substância como “a nicotina dos alimentos”.

Além do aspartame e do glutamato monossódico, outros aditivos também se mostraram prejudiciais à saúde humana, e acabaram sendo retirados do mercado. Em 2007, a Comissão Europeia proibiu o uso do colorante vermelho 2G (E128), utilizado mormente em linguiças e hambúrgueres, ao considerar, depois de uma reavaliação da EFSA, que este poderia ter “efeitos genotóxicos e cancerígenos” para as pessoas. A avaliação toxicológica anterior foi realizada 25 anos atrás. Outros estudos assinalaram como a mistura de alguns colorantes, muitas vezes utilizados em refrigerantes e “guloseimas”, combinados com a ingestão de outros aditivos presentes por sua vez nestes produtos provocaria hiperatividade infantil. Assim concluía um estudo sobre aditivos alimentares publicado na revista The Lancet, em 2007: “As cores artificiais ou o conservante benzoato de sódio (ou ambos) na dieta provocam um aumento da hiperatividade em crianças de três anos e em crianças entre oito e nove anos”. O maravilhoso e duro documentário francês Nossos filhos nos acusarão, nos recorda, como assinala o seu título, a responsabilidade que temos.

A agricultura ecológica, ao contrário, prescinde destes aditivos químicos de síntese, colocando no centro da produção de alimentos a saúde das pessoas e do planeta. Quem pode considerar, visto o que foi visto aqui, que a agricultura e a alimentação industrial, intensiva e transgênica é mais respeitosa com as pessoas e o meio ambiente que a ecológica? Vocês decidem.

ALERTA! VENENO À MESA....

Organizações repudiam liberação de agrotóxicos de Benzoato de Emamectina.


 O poder judiciário da Bahia quer autorizar os produtores de algodão e soja do oeste do estado a utilizarem em suas lavouras o benzoato de emamectina. As lavouras da atual safra de algodão e soja da região vêm sofrendo com o ataque de uma lagarta, conhecida como Helicoverpa Armigera.

Entretanto, organizações sociais que compõem a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida lançaram uma carta em repúdio à liberação de agrotóxicos que contenham o produto benzoato de emamectina. 
O Ministério Público da Bahia já havia entrado com uma ação para proibir o uso desse agrotóxico. Acontece que a Justiça suspendeu a decisão, que agora será julgada pelo Pleno do Tribunal de Justiça no próximo dia 23 de julho.

Segundo as entidades que compõem a campanha, existem diversas iniciativas para conter a expansão dessa lagarta, porém os produtores e a Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia preferiram recorrer a um produto altamente tóxico na defesa de uma solução mais imediata, mas que incorre em riscos à saúde e ao meio ambiente.

Esse produto não possui registro e nunca foi usado no Brasil. Em 2007, a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indeferiu o registro do produto feito pela empresa Syngenta, ao afirmar que o benzoato de emamectina contém alto grau de neurotoxidade e é altamente perigoso à saúde em qualquer dose utilizada.

A Secretaria de Saúde da Bahia e o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) também se mostraram contrários ao uso.

COROA VERMELHA EM FESTA.

Antes de adeus à Bahia, Alemanha doa 10 mil euros à comunidade indígena



O último dia de entrevistas da Alemanha na vila de Santo André, do município de Santa Cruz Cabrália, no sul da Bahia, foi marcado pela visita de índios da Comunidade Indígena Pataxó de Coroa Vermelha. Cerca de 15 apareceram nesta sexta-feira pela manhã e assistiram às coletivas dos jogadores Thomas Müller, Phillip Lahm e do gerente Oliver Bierhoff.
No fim, os índios presentearam os alemães com instrumentos e deram uma placa simbólica que fazia alusão à luta pela demarcação de terras que eles reinvindicam à prefeitura de Santa Cruz Cabrália.
A Federação Alemã de Futebol, em contrapartida, entregou um cheque no valor de 10 mil euros (cerca de R$ 30 mil) para que os indíos comprassem um veículo para ajudar no atendimento médico à comunidade.
No dia 9 de junho, no primeiro e único treinamento aberto para o público realizado pelos alemães, cerca de 20 indígenas da Escola Indígena Pataxó de Coroa Vermelha haviam "invadido" o treino e dançado com os jogadores. O atacante Miroslav Klose, aniversariante na ocasião, recebeu de presente um arco e flecha e um instrumento musical.

O IMPÉRIO SABIA DA TORTURA.

Documentos secretos dos EUA revelam técnicas de tortura no Brasil.

O regime militar brasileiro empregou “um sistema sofisticado e elaborado de coação psicofísica” para “intimidar e aterrorizar” suspeitos de serem militantes de esquerda no começo dos anos 1970, de acordo com um relatório do Departamento de Estado dos EUA datado de abril de 1973 e que foi tornado público recentemente.


Entre as técnicas de tortura usadas durante a era militar, o relatório reporta detalhadamente “salas de efeitos especiais” nos centros de detenção militar brasileiros nos quais os suspeitos eram “colocados nus” em um piso de metal “pelo qual passava uma corrente elétrica.” 

Locais de tortura da ditadura militar no Brasil

Alguns suspeitos foram “eliminados”, mas a imprensa noticiava que eles morreram em “tiroteios” enquanto tentavam escapar da polícia. “A técnica do tiroteio tem sido cada vez mais usada” — notava o Cônsul Geral dos EUA no Rio de Janeiro em um telegrama — “para lidar com as relações públicas quando se eliminava os subversivos” e para “prevenir acusações de ‘mortes por tortura’ na imprensa internacional.”

Peter Kornbluh, que dirige o National Security Archive’s Brazil Documentation Project categorizou os documentos como “um dos relatos mais importantes sobre as técnicas de tortura já desclassificados pelo governo dos EUA.”

Entitulado “Prisões generalizadas e interrogatórios psicofísicos de suspeitos subversivos,” o documento estava entre 43 telegramas e relatórios do Departamento de Estado que o vice-presidente estadunidense Joseph Biden, durante viagem ao Brasil, entregou à presidenta Dilma Roussef para que sejam usados pela Comissão da Verdade. 

A Comissão está em sua fase final de uma investigação de dois anos sobre atrocidades cometidas durante a ditadura militar. No dia 2 de julho, a Comissão postou todos os 43 documentos em seu site, acompanhados por esta declaração: “a CNV aprecia enormemente a iniciativa do governo dos EUA de tornar estes registros disponíveis para a sociedade brasileira e espera que esta colaboração continue a progredir.”

O intervalo dos registros data de 1967 até 1977. Eles relatam uma extensa gama de questões relacionadas aos direitos humanos, entre elas: centros de detenções secretos em São Paulo, as operações militares anti-subversivos, as atitudes da Igreja em relação às violações dos direitos humanos, e a reação hostil do regime em 1977 em relação ao primeiro relatório do Departamento de Estado sobre abusos. Alguns documentos haviam sido previamente desclassificados em procedimentos cotidianos de liberação; outros, incluindo o relatórios de abril de 1973 sobre tortura psicofísica, foram revisados para desclassificação antes da viagem de Biden.

Durante sua reunião com a presidenta Dilma, Biden anunciou que a administração Obama assumirá uma revisão mais abrangente dos documentos relacionados ao Brasil que ainda são secretos — entre eles documentos da CIA e do Departamento de Defesa — para que possam ajudar a Comissão da Verdade a finalizar seus relatórios. “Eu acredito que ao enfrentar nosso passado podemos nos focar em um futuro imensamente promissor,” disse ele.

Desde o início da Comissão da Verdade em maio de 2012, ao conduzir um projeto especial de desclassificação de documentos da era militar brasileira, o National Security Archive tem ajudado a Comissão a obter registros e pressionado a administração Obama a cumprir seu compromisso com um novo padrão de transparência global e direito à verdade. “Estes registros históricos dos EUA devem ser usados para avançar em direção à verdade e à justiça,” declarou Kornbluh. “A diplomacia de Biden não só ajudará a Comissão da Verdade a lançar luz sobre o passado sombrio da era militar do Brasil, mas também a criar uma base para uma relação mais transparente entre os EUA e o Brasil no futuro.”

Para chamar a atenção para os registros e para o trabalho da Comissão da Verdade, o Archive destaca cinco documentos chave da doação de Biden.

Documento 1: Departamento de Estado, “Prisões generalizadas e interrogatórios psicofísicos de suspeitos subversivos,” confidencial, 18 de abril de 1973.

Documento 2: Departamento de Estado, "Prisões Políticas e tortura em São Paulo", confidencial, 8 de Maio de 1973. 

Documento 3: 
Departamento de Estado,"Suspeita de Tortura no Brasil," secreto, 1 de julho de 1972.

Documento 4: Departamento de Estado, "O Esquadrão da Morte," uso limitado a oficiais, 8 de junho de 1971.

Documento 5: Departamento de Estado, "Condições no DEOPS relatadas por cidadão americano preso", confidencial, outubro de 1970.




EXÉRCITO É RETIRADO DE TERRA TUPINAMBÁ

Área de conflito indígena tem reforço policial da Força Nacional e PM na BA

A Força Nacional e a Polícia Militar reassumiram o comando das operações policiais nas áreas de conflito entre indígenas e produtores rurais, no sul da Bahia, nesta segunda-feira (14). De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), a decisão tomada após reunião do Governo do Estado e o Ministério da Justiça.
Em março, o Exército assumiu o policiamento nos municípios de Buerarema, Una e Ilhéus, após o pedido de aplicação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), feito pelo governador Jaques Wagner ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Segundo a SSP, as tropas deixarão a região em definitivo nesta segunda-feira. No entanto, a assessoria de comunicação do Exército informou que a saída ainda está sendo avaliada, e que terá uma posição até a terça-feira (15).
Segundo a SSP, após reassumir o comando das operações, a Força Nacional, que já disponibilizava um pelotão nas regiões de conflito, irá incorporar mais um grupamento de policiais e reforço logístico. Já o efetivo da PM conta com 130 militares, distribuídos em regime de plantão. Eles irão atuar principalmente na zona rural dos municípios.
Força Nacional em Buerarema, no sul da Bahia (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Porém o que precisamos é de uma ação do nosso (des)governo a fim de resolver de uma vez por todas o conflito na região, decidindo e resolvendo uma situação que já se arrasta há anos, trazendo tristeza e violência para essa que deveria ser uma das regiões masi desenvolvidas da Bahia. Só polícia não basta, Buerarema precisa é da presença do Estado.

ALEMANHA TAMBÉM É TERRA DE ÍNDIO.

'Meio sem jeito, mas valeu', diz índio sobre dança alemã na final da Copa

Foi com muito orgulho e alegria que a Aldeia Pataxó de Coroa Vermelha, localizada em Santa Cruz Cabráliano, sul da Bahia, assistiu à comemoração dos alemães após o título da Copa do Mundo. Durante a celebração realizada após a vitória contra a Argentina, os jogadores fizeram uma dança inspirada nos rituais dos índios pataxó, movimento que eles aprenderam quando estiveram em contato com a comunidade na Bahia.

Segundo o cacique Zeca Pataxó, a dança se chama "anguaré" e é tradicionalmente realizada para celebrar conquistas. Ela foi ensinada pelos índios no dia 9 de junho, durante o primeiro treino da Alemanha na região. "Foi um pouco difícil ensinar porque eles não entendiam direito, nós tínhamos que puxar, ensinar como pisar", conta. Com bom humor, o índio aprovou o movimento dos alemães. "Ficou meio sem jeito, mas valeu a inteção deles. Eles se saíram bem e é isso que importa", elogia.

Zeca Pataxó conta que toda a comunidade indígena torceu para a Alemanha na final, símbolo de uma relação de afetividade construída ao longo do Mundial. "Ontem a gente assistiu ao jogo com todo mundo vestido de camisa Alemanha. Alguns estavam vestidos com camisa do Flamengo [que se assemelha ao segundo uniforme alemão] e mostra que nós torcíamos mesmo para eles. Antes do jogo, fizemos uma oração para que eles tivessem força e pudessem ser campeões. E tudo deu certo graças a Deus", comemora.

Contato
Durante o período em que a Seleção da Alemanha esteve em Santa Cruz Cabrália, os índios da Aldeia Pataxó de Coroa Vermelha chegaram a interagir alguns minutos com os jogadores e até puderam acompanhar uma coletiva de imprensa. Na ocasião eles usaram usaram o fone de ouvido com a tradução para o português.

A aldeia também recebeu cheque de 10 mil euros (cerca de R$ 30 mil) da Federação Alemã de Futebol (DFB), que será usado para a compra de um carro que ajudará no atendimento médico à comunidade.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

QUANDO O GOVERNO VAI AGIR?? GUERRA NO SUL DA BAHIA CONTINUA!!!

         Conflito no sul da Bahia continua ceifando vidas e os Órgão de Segurança Pública, Forças Armadas, Força Nacional, Minstério da Justiça e Presidente Dilma não tomam atitudes para evitar que esse conflito continue na região.
         No dia 01 de julho mais duas vidas foram perdidas na região do município de Ilhéus, os detalhes do acontecido não foram completamente esclarecido pela polícia local, sabe-se até agora da morte do agricultor Valmir de Souza Oliveira e de um indígena conhecido por Antônio. 
            Os dois lados, tanto agricultores quanto indígenas, aguardam a solução de mais um crime sem explicação. A polícia civil local já iniciou as investigações porém não divulgaram uma lista de suspeitos para não prejudicar o andamento dos processos. 
            Ainda não se sabe quais motivos levaram ao assassinato de Valmir e Antônio e nem se está relacionado ao atual conflito entre índio e agricultores na região. Podemos afirmar que a segurança que tanto se precisa na região não existe.
             Quantos mais vão precisar morrer para que o governo tome uma decisão? Quantas famílias mais serão atacadas para que o Ministro da Justiça decida sobre a demarcação das áreas indígenas?
O problema não está relacionado somente à segurança, agora o grande problema é de DECISÃO...
Dilma só quer saber de Copa do Mundo....vamos ver se com a derrota do Brasil ela lembra que o país está tão mal quanto a seleção.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

AFRONTA AO POVO BRASILEIRO.

‘Onde estão os protestos?’, ironiza Blatter.



‘Onde estão os protestos?’, ironiza Blatter

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, aproveitou um seminário no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (2), para alfinetar a parcela da população que participou das manifestações contra a realização da Copa do Mundo. “Onde estão os protestos? Onde está a ira social?”, questionou. O dirigente suíço destacou o sucesso que o evento tem alcançado no aspecto organizacional e esportivo, mas assumiu que não é um “Mundial perfeito”. “A imprensa internacional questionava. Todos estavam errados. Não digo que é perfeito. Mas disseram que os estádios não estariam prontos. E estão prontos, e o Brasil tem hoje obras de arte como estádios”, avaliou, após felicitar o governo federal pelos esforços na preparação do evento. Blatter disse que a Copa de 2014 mostrou que não existe mais uma “nação dominante” no futebol, depois de tantas surpresas e jogos emocionantes. “Não há mais nações dominantes. Isso acabou. Todos estão no mesmo nível. E o nível melhorou. É o futebol em seu nível máximo”, ressaltou. O presidente da Fifa revelou uma visita realizada ao antigo dirigente da instituição, João Havelange, que não pôde ir aos estádios por causa de problemas de saúde e disse esperar que o nível da competição continue alto. “Vamos cruzar os dedos para que jogos continuem no mesmo padrão. Mas tudo está bom. As coisas vão bem. Onde estão os protestos? Quero cumprimentar o povo brasileiro. Eles aceitaram a Copa e é uma necessidade neste País onde o futebol é religião”, completou.

ESCONDENDO A VERDADE. DE NOVO...

TRF tranca ação penal contra militares acusados de participar do atentando no Riocentro.



TRF tranca ação penal contra militares acusados de participar do atentando no Riocentro

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região trancou a ação penal contra seis acusados de participar de um plano de atentado no Riocentro, quando uma bomba explodiu no estacionamento do complexo durante um show em comemoração ao Dia do Trabalho, em 1891, durante a ditadura militar. De acordo com a 1ª Turma do TRF, a jurisprudência brasileira não pode importar normas do Tribunal de Nuremberg sobre a existência de crimes contra a humanidade, inexistente na legislação brasileira. Em fevereiro deste ano, quando o atentando ia completar 33 anos, o Ministério Público Federal (MPF) denunciou quatro oficiais da reserva do Exército e outras duas pessoas, e afirmou que os crimes são imprescritíveis por terem sido cometido em um ataque sistemático ou generalizado à população civil. A Justiça Federal de primeiro grau aceitou a denúncia em maio deste ano, mas a defesa dos acusados ingressou com um pedido de habeas corpus ao TRF-2. Para os desembargadores da Turma, os crimes não se enquadram como lesão a humanidade. O MPF vai recorrer da decisão. O desembargador federal Ivan Athié, relator do caso, afirmou que “não podemos admitir que normas alienígenas sejam usadas como se integrassem o ordenamento jurídico brasileiro, em nome de um sentimento de justiçamento perigosamente em voga no nosso país atualmente”. O colegiado acatou o argumento apresentado pelo MPF de que os crimes não são cobertos pela Lei da Anistia, de 1979, e rejeitou os argumentos da defesa, que dizia que a decisão de arquivamento do inquérito pela Justiça Militar equivaleria a julgamento definitivo, com coisa julgada.  O caso Riocentro ficou conhecido quando um sargento do Exército morreu após uma das bombas explodir no colo dele, no estacionamento do prédio. O objetivo da ação militar seria causar pânico na plateia e atribuí-la a militantes contrários ao governo.

BUSCA DA VERDADE COM SERIEDADE.

Ministra do STM diz que é preciso cuidado para não manchar instituições sérias.


A presidenta do Superior Tribunal Militar (STM), Maria Elisabeth Rocha, demonstrou preocupação com a responsabilização das Forças Armadas no processo de apuração dos crimes da ditadura militar. Para ela, as torturas que ocorreram na época da ditadura no país não refletiram o pensamento da instituição militar como um todo.
“É muito importante que a sociedade brasileira saiba que não houve essa homogeneidade em relação à tortura nas Forças Armadas. É preciso ter cuidado para não manchar instituições que são honradas”, disse a ministra, em participação no programa Espaço Público, da TV Brasil, na noite de 1º de julho.
Maria Elisabeth chamou de “sociopatas” os torturadores da ditadura, e questionou se havia, de fato, uma estrutura hierárquica oficial no ambiente de tortura de presos políticos. “Será que estavam cumprindo ordens? Quem é que dava uma ordem dessa”?
É essa pergunta que tem sido buscada pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). O coordenador da CNV, Pedro Dallari, questionou sobre possíveis documentos da ditadura militar ainda não revelados pelas Forças Armadas. A presidenta do STM, que não é militar, afirmou que defende o trabalho da CNV, mas disse acreditar que as Forças Armadas já revelaram todas as informações de que dispunham.
“Ainda há documentos a serem buscados? Ninguém sabe essa resposta. Acredito que não tem ninguém escondendo nada. Minha experiência com as Forças Armadas é que não existem coisas sendo escondidas”, explicou.
Maria Elisabeth falou também sobre a militarização das polícias, algo defendido por ela. Para ela, a militarização é importante para que haja maior controle dos policiais. “Acho que homens que portam armas precisam de uma cadeia de comando, de uma subordinação, e a militarização garante isso”. Ela reconheceu, no entanto, a existência de problemas como a violência policial, mas não acredita que a desmilitarização seja a solução. “Existe a questão da violência policial, mas imagina se não houvesse a submissão da cadeia de comando? O poder civil não tem uma relação de comando direta como o militar”.
Ela também criticou a atual legislação militar que, em sua ótica, precisa se adaptar às conquistas legais da sociedade civil. “Já julguei casos de violência de homem militar contra mulher militar, mas, lamentavelmente, temos que julgar como lesão corporal, porque a Lei Maria da Penha não é aplicada na legislação militar. Por isso clamo por mudanças”.
A ministra tomou posse na presidência do Superior Tribunal Militar (STM) no dia 16 de junho. É a primeira vez em 206 anos de existência que uma mulher preside a corte. Maria Elizabeth terá um mandato de curta duração, com apenas nove meses, e, em sua cerimônia de posse, prometeu agir em favor da igualdade de gênero e contra a discriminação a homossexuais nas Forças Armadas.

NEGAÇÃO DA VERDADE.

Comissão da Verdade lamenta que Forças Armadas não reconheçam tortura.


BRASÍLIA - A Comissão Nacional da Verdade (CNV) divulgou nesta quarta-feira (2) nota em que afirma que "deplora e lamenta" a conclusão das Forças Armadas quanto ao uso de instalações do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para prática de tortura em suas instalações, durante a ditadura militar. Em relatórios enviados à CNV e divulgados pela comissão no dia 18 de junho, as Forças Armadas concluíram que não houve desvio de finalidade do uso de suas instalações.
O coordenador da CNV, Pedro Dallari, disse que a posição dos militares representa uma posição política contrária à colaboração e à busca da verdade. "Se uma estrutura do Estado age dessa maneira surpreendente e completamente dissociada da realidade, que tipo de compromisso tem com a história?", disse Dallari à Agência Brasil.
A conclusão das Forças Armadas foi apresentada após sindicâncias, em resposta à CNV, que questionou as corporações sobre desvios de finalidade de sete instalações, alocação de pessoal para o desenvolvimento de atividades nesses locais, emprego de recursos financeiros públicos para custeio e manutenção deles, e de que forma foi feita a prestação de contas relativa a esses recursos, entre outras questões. Exército, Marinha e Aeronáutica negaram desvios e alegaram que seguiram a lei.
"Os dados disponíveis não permitem corroborar a tese apresentada por aquela comissão, de que tenha ocorrido desvio formal de finalidade do fim público estabelecido para as instalações objeto da investigação", afirmou, em documento, o Exército Brasileiro, que não reconheceu que os destacamentos de operações de informações foram usados para tortura.
Na nota divulgada hoje, a CNV avalia que as conclusões das sindicâncias estão equivocadas e que desconsideram inclusive que o Estado brasileiro já "reconheceu sua responsabilidade por aquelas condutas criminosas de militares e policiais praticadas durante a ditadura, incorrendo inclusive no pagamento de indenizações por conta justamente de fatos agora surpreendentemente negados".
Para Dallari, a prática de tortura em instalações do Estado brasileiro não é sequer discutível. "É público e notório", destacou, acrescentando que o pedido de informações da CNV enviado em fevereiro, menciona casos de tortura e morte vivenciados nas instalações e que geraram o pagamento de indenização por parte do Estado. Uma seleção feita, justamente, para que não houvesse dúvidas sobre o que ocorreu naqueles locais.
O coordenador da CNV considera um paradoxo o fato de, no mesmo mês em que a comissão recebeu a negativa das Forças Armadas, ter recebido também documentos do Departamento de Estado dos Estados Unidos, produzidos no período de janeiro de 1967 a dezembro de 1977, que foram tornados públicos hoje, por meio do site da CNV.
Segundo Dallari,  os arquivos mostram o profundo conhecimento que se tinha sobre a prática de tortura no Brasil, inclusive nos locais investigados pelas Forças Armadas a pedido da comissão. Um deles, de 1973, registrado como A-90, detalha o procedimento dos interrogatórios, citando inclusive os métodos de tortura física ou psíquica e que foram usados para obter informações.
Na nota, comissão diz que enviará pedido de esclarecimento ao Ministério da Defesa sobre as informações e conclusões produzidas pelas sindicâncias. "Nós vamos continuar perguntando", disse o coordenador, para quem a situação não só prejudica o trabalho da CNV, que tem até o mês de dezembro deste ano para concluir os seus trabalhos, como gera o desgaste das forças diante da população.

terça-feira, 1 de julho de 2014

CRIME EM ÁREA DE CONFLITO INDÍGENA.



Buerarema: Clima quente na região de conflito entre índios e agricultores!


   No dia de ontem, segunda-feira, aproximadamente às 18 horas  ocorreu um crime na região dos conflitos entre agricultores e índios, dois corpos foram encontrados com marcas de tiros na Fazenda Bonfim, que fica no  município de Ilhéus.
Os corpos são de dois homens de nomes Valdir e Antonio, os executores  mataram os homens e cortaram a orelha de um dos cadáveres.
Policiais da Força Nacional e militares do Exercito já se encontra no local. De acordo com o genro da proprietária da fazenda um dos mortos é um pequeno agricultor e o outro é um meeiro da fazenda. O caso só veio a tona hoje, porque um outro agricultor que estava presente no local fugiu para dentro da mata, fugindo dos assassinos para não morrer.

Fonte: Macuco News

A LUTA CONTINUA.

Mais um ano de movimentos históricos.


As greves continuam sendo deflagradas pelo País, apesar de ser ano eleitoral e ainda a Copa do Mundo ocorrer no Brasil, nada desvia a atenção dos trabalhadores, que clamam por seus direitos.

No Brasil todo, cerca de 14 categorias em 23 Estados, como Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo, Ceará  e outros, estiveram em greve até junho de 2014, de acordo com uma publicação da revista Veja. Em Goiás, os números também foram relevantes, tanto classes de servidores públicos municipais quanto federais aderiram aos movimentos grevistas. Hoje, a saúde e educação municipal estão em greve, recentemente foi findada a greve dos motoristas do transporte coletivo na capital. Apesar dos pontos negativos que toda greve traz consigo, especialistas garantem que, no geral, os movimentos que ocorreram em Goiás e em todo País tiveram bons resultados, o sofrimento do povo não foi totalmente em vão, mesmo com as poucas conquistas das classes.
O vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores, Ademar Rodrigues, cita que houve greves da administração das universidades federais, que, de acordo com ele, nem foram recebidas pela presidente, Dilma Rousseff, para conversa. "Nossos amigos da área de cultura também, mas retomaram as atividades recentemente, a Polícia Federal negociou com o governo e, apesar de não conseguir uma negociação totalmente satisfatória, voltou ao trabalho. Os servidores da limpeza pública deixaram o serviço por conta de atrasos salariais por um tempo neste ano", explica.
Além das entidades citadas por Ademar, também houve a paralisação do Instituto Medico Legal (IML), dos bancários da Caixa Econômica Federal, dos servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFG) e até mesmo dos jogadores do Formosa Esporte Clube, por atraso salarial.

Greves acontecem em todas as esferas do País

Ademar ressalta que a greve que foi novamente deflagrada pela educação só foi retomada pelo não cumprimento do governo quanto ao acordo firmado no início do ano. "Nas cidades de Valparaíso e Águas Lindas de Goiás e outras cidades, tivemos a paralisação dos policiais militares e civis, os motoristas de ônibus da capital também conseguiram findar as negociações há poucos dias", afirma. Ele ainda cita os movimentos estudantis, que mesmo não se tratando de greves foram importantes no Estado.
Quando a possíveis abusos, tanto da parte dos grevistas quanto do governo, Ademar explica que o que mais chamou a atenção foi a prisão de três estudantes durante os protestos do movimento estudantil em Goiânia. "Tanto foi abusivo que tiveram de soltá-los posteriormente. Eu sou totalmente contra qualquer tipo de depredação, tudo deve ser feito legalmente e de maneira responsável", diz. O vice-presidente cita também a greve dos funcionários dos Correios, que tiveram boas negociações: "Mas isso ocorreu porque a empresa é particular e não pública, eles têm mais formas de negociação e o acordo coletivo, que é outra luta que buscamos para os trabalhadores públicos", explica.
De modo geral, Ademar analisa que, apesar das muitas greves, os benefícios para os trabalhadores não foram relevantes. "Em alguns casos eles nem foram recebidos ou ouvidos, em outros houve alguns reajustes, como para os motoristas, mas nada muito grande. Por ser um ano eleitoral, e ter os jogos da copa, as pessoas acham que era o momento de fazer greve, mas não é bem assim. Independente desses aspectos, elas iriam ocorrer", afirma.
saldo 
positivo
Para o sociólogo Leonardo de Moraes, mesmo com todo desgaste causado na população pelas greves e as privações causadas pelas mesmas, no geral há um saldo positivo, o Brasil aprende e cresce com tais movimentos. "O nível de organização dessas greves é alto, são movimentos conscientes de categorias profissionais como no caso dos educadores e trabalhadores da saúde. Existem lideranças e são por questões consistentes não insólitas", reflete.
Leonardo cita que o nível de reflexão causado pelas greves na sociedade é outro ponto positivo. "As pessoas se veem obrigadas a pensar a respeito, seja para discordar ou concordar com tal movimento. Isso leva as pessoas a debaterem o assunto e o debate é sempre um crescimento, é uma forma de mostrar as opiniões", diz. A avaliação aponta que uma sociedade pensante é mais produtiva e consciente do que aquela que não tem nada a se discutir, as greves levam à reflexão e também ao crescimento do senso crítico do povo. Levando em consideração que este é um ano eleitoral, tal situação se torna mais vantajosa ainda para o País.
Resquícios 
históricos
O sociólogo esclarece que esta não é a primeira vez que este fenômeno ocorre, o número de greves em todo o País já esteve inclusive maior, como nos anos 70 e 80, no entanto, desta vez, há alguns diferenciais. "Essas dos anos anteriores são marcos históricos, agora temos uma retomada, não chega a ser como na Argentina, com uma greve geral, no entanto o que ocorre no Brasil o movimenta de forma intensa", explica. Leonardo diz que, ao mesmo tempo, as greves no Brasil são genéricas e isso é novo, o nível de escolaridade dos grevistas e da população em geral é maior que em outros tempos. "O poder econômico do País e da população também melhorou, o que dá de certa forma um nível novo de repercussão desses pontos de vista", afirma.  
Não se trata mais só de direitos trabalhistas, o brasileiro busca por melhor qualidade de vida: "Como um trocadilho, eles querem acordar, ou seja, dar cor ao dia a dia aos processos e ao seu trabalho", diz. Ele ressalta que as greves deixam um legado social muito grande para as novas gerações. Adolescentes e crianças que estão, hoje, vendo esses movimentos poderão avaliar melhor suas condições futuras, em todos os aspectos da vida. "É perceptível que até mesmo os discursos dos candidatos mudaram, eles percebem que o povo acordou para sua realidade e exigem melhora. Isso pode sim trazer mais cultura, e educação e melhorias para o povo", analisa Leonardo.

Movimento “Vem pra Rua” completou um ano

No último dia 20 de junho a manifestação com a #vemprarua completou um ano. Em Goiás, assim como aconteceu em dias de jogos, alguns estabelecimentos fecharam as portas em prol da democracia, a concentração iniciada no centro da cidade trouxe boa parte dos goianienses para o movimento, que, apesar dos ânimos, correu bem. No dia, cerca de 10 mil rosas brancas foram entregues para os cidadãos pela Polícia Militar.
Para a especialista em psicologia social Margarete Regina, ouvida pela reportagem do DM na época, o aumento do valor da passagem dos ônibus do transporte coletivo foi apenas o estopim para que a manifestação ganhasse força. "Nunca conseguiremos mudança pedindo pelo amor de Deus, a sociedade se mexe, quando as pessoas sentem o que está acontecendo, e, portanto, fazem parte daquilo, se veem assim, na obrigação de participar e fazer o seu papel", explicou. Ela cita que há vantagens e desvantagens nesse tipo de movimento. "A vantagem disso é que estamos nos movimentando, fazendo abaixo assinado e nossas reivindicações. As desvantagens são as pessoas mal-intencionadas, que vão fazer depredação, bagunça e, principalmente, instigar a violência", relata.
De acordo com o cientista político e professor Luiz Signates, o Brasil nunca esteve dormindo, e que esse movimento foi mais uma demonstração da força que a sociedade tem quando quer expor sua vontade e direitos. No ano passado ele acreditava que o "Vem pra Rua" pudesse mudar algo na sociedade e política brasileira, no entanto não foi o que aconteceu de fato. "Acho que serviu sim para chamar atenção da classe política para mudanças que podem ainda ocorrer, isso nós veremos nas urnas em outubro. No entanto, não vi nenhuma mudança. A animação em torno do futebol acabou ofuscando e o movimento não se renovou", explica Luiz. O cientista político afirma que o foco de mudança principal do movimento "Vem pra Rua", infelizmente, não findou, que era a reforma política no País.

SAMU EM GREVE A PARTIR DE HOJE!!

Técnicos e enfermeiros do Samu em Salvador entram em greve a partir desta terça-feira.


Profissionais das UPAs e de emergências móveis e fixas também aderiram ao movimento.

   Os profissionais do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), técnicos e enfermeiros, decidiram paralisar as atividades na capital baiana. A partir de terça-feira (1º), a categoria entrará em greve por tempo indeterminado.

   A decisão foi tomada em assembleia realizada no 5º Centro de Saúde, na avenida Centenário. Profissionais das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e de emergências móveis e fixas também aderiram ao movimento paredista.

   Segundo informações do diretor do Sindseps (Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador), Everaldo Braga, a greve foi motivada por diversas questões, como a falta de ambulâncias e condições mínimas de trabalho para os socorristas. Além disso, a categoria se queixa das gratificações financeiras, que seriam ofertadas apenas aos médicos que integram as equipes.

A direção do sindicato informou que repudia o tratamento discriminatório.

— Como admitir que integrantes de uma mesma equipe sejam tratados de maneira diferenciada, quando todos são fundamentais para o êxito do trabalho?

Ainda de acordo com Braga, mesmo com a greve, o efetivo de 30% de trabalhadores estarão em atividade, conforme determinação da lei.

— Tentamos garantir um canal de negociações com a gestão municipal. Isso nos tem sido negado. Ouvimos palavras de menosprezo pela função do profissional de Enfermagem e outros absurdos que mostram o desrespeito por estes trabalhadores. O trabalho dedicado desses servidores tem que ser valorizado. Parece até que os gestores se lembram do Samu apenas para compor as peças publicitárias da administração.

Com informações do Portal R7 News.