quinta-feira, 30 de abril de 2015

Missionários da Semadesal Visitam Índios Kiriri em Banzaê/Bahia

                               

Em Banzaê, nordeste do estado baiano, existe mais de 3.200 indígenas, localizados em 12 aldeias da nação Kiriri. Foi em uma dessas aldeias que nossos missionários estiveram no último final de semana numa Caravana organizada por irmãos de outras denominações. 

A iniciativa da Semadesal de enviar os Missionários Francisco, Edivaldina e Lucas, família que trabalhou 17 anos no interior do Amazonas com várias tribos indígenas, a Missionária Meible, que já fez missões no Uruguai, Paraguai e Foz do Iguaçu e a Coordenadora de Missões Gilcélia Santos, da Adesal Liberdade, faz parte do processo de aproximação e pesquisa de tribos indígenas para o Projeto "Uma Igreja Para um Povo Indígena" que a Secretaria de Missões pretende levar a efeito neste ano de 2015. 

O Projeto deve ter continuidade com amplas pesquisas de campo e levantamento de dados que servirão para determinar o alvo da Semadesal e o treinamento de vocacionados para a obra da evangelização entre os povos indígenas da Bahia. Os missionários voltaram impactados com o trabalho que foi feito e animados em trabalhar em favor do projeto que pretende anunciar o Evangelho em tribos que ainda não tenha recebido o Evangelho.

Ore para que o Projeto 2015 entre Povos indígenas da Semadesal, alcance os objetivos propostos e que Deus abra as portas necessárias!

Professores de cidade no sul da Bahia completam 51 dias de greve

Alunos de Camacan tiveram apenas uma semana de aula em 2015.
Docentes fizeram protestos e pedem reajuste salarial de 13,01%.


Os professores da rede municipal de Camacan, cidade no sul da Bahia, completam nesta quarta-feira (29) 51 dias de greve, segundo Agnevan Nascimento, presidente da APLB - Sindicato dos Trabalhadores da Educação do município. Eles pedem reajuste salarial de 13,01%, referente ao piso nacional.
Ainda de acordo com Nascimento, cerca de seis mil alunos das 29 escolas da cidade só assistiram uma semana de aula em 2015. Ainda nesta quarta-feira, os professores interditaram a BA-270, via que dá acesso à cidade. Depois, eles saíram em caminhada pelas ruas do centro de Camacan.
Professores fizeram protesto em via que dá acesso á cidade de Camacã. (Foto: Imagens/ Tv Santa Cruz)Professores fizeram protesto em via que dá acessoá cidade de Camacã. (Foto:Imagens/Tv Santa Cruz)

Sobre o caso, a prefeitura disse que acionou a Justiça para avaliar se a greve é legal ou não. Informou ainda que só tem condições de dar o reajuste de acordo com a inflação de 6,41%, mas os professores não aceitam. A prefeita ainda não informou se haverá cortes de salários caso a greve continue.

Greve em Itapebi
Ainda no sul da Bahia, só que na cidade de Itapebi, os professores também estão em greve por reajuste salarial desde o dia 13 de abril. Os docentes pedem 13,01% referente ao piso nacional.
"Queremos o reajuste salarial que é direito nosso de 13,01%. Nós não imaginávamos que a prefeitura não cumpriria uma definição federal. Além disso, a prefeitura entrou na Justiça contra a APLB pedindo ilegalidade da greve. Amanhã queremos fazer uma assembleia, mas ainda não temos dia para voltar [às aulas]", relata Nascimento.
Jovita Lima Silva, representante da APLB formada pelas cidades de BelmonteEunápolis, Itapebi,Itamaraju e Jucuruçu, informa que no mês de março, antes da paralisação, os professores, que deveriam dar 25 horas de aula, estavam cumprindo 20 horas como forma de protesto.
"Nós estávamos tentando negociar com a prefeitura, mas não conseguimos, então resolvemos parar", disse Silva. A prefeitura de Itapebi informou que não tem condições de pagar esse reajuste. As cinco escolas da cidade possuem, em média, 2.200 alunos matriculados.

TRAIDORES DE TRABALHADORES SERÃO DENUNCIADOS NO 1º MAIO

Ataques aos direitos trabalhistas representados pela PL-4330 e MP 664 e 665 são alvos de destaque na manifestação deste ano do Dia 1º de Maio, sexta-feira, na cidade de Aracaju. Lideranças sindicais filiadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) se somam à juventude, trabalhadores do campo e da cidade engajados no MOTU e MST. A concentração está marcada para as 8h, na Pça Chico Mendes próximo ao Gbarbosa do Orlando Dantas, de lá os manifestantes seguem em marcha até o bairro Santa Maria, onde serão realizadas atividades político-culturais e diálogo com a população.

A CUT/SE pretende dar ampla visibilidade aos nomes e fotografias dos deputados federais recém-eleitos, traidores dos trabalhadores sergipanos: Laércio Oliveira (Solidariedade), proprietário de empresa de prestação de serviço terceirizado, que no começo do ano solicitou o desarquivamento do Projeto de Lei 4330 – após quase 10 anos de luta e pressão, o movimento sindical tinha conseguido arquivar o PL 4330 antes das eleições. Além dele, outros deputados federais sergipanos votaram a favor do Projeto de Lei que libera o direito de exploração irrestrita dos trabalhadores: Adelson Barreto (PTB), André Moura (PSC), Fábio Mitidieri (PSD) e Fábio Reis (PMDB). A manifestação vai marcar os nomes destes traidores, eleitos pelo voto do povo sergipano.

A aprovação do PL 4330 preocupa todos os trabalhadores do presente e do futuro, pois aponta para o fim do concurso público e o fim da estabilidade no emprego. A permissão para a terceirização da atividade fim, que acaba de ser aprovada na Câmara Federal, significa que qualquer trabalho poderá ser terceirizado.

Com jornadas mais longas, remuneração menor e sem estabilidade no emprego, os trabalhadores terceirizados ficam à mercê dos ‘padrinhos políticos’ que definiram sua contratação – pois sem concurso público, os trabalhadores serão contratados por indicação política. Com tantas desvantagens aos trabalhadores, quem é favorecido por este modelo de contratação precarizada? Os empresários, os donos de empresa de terceirização de serviço e os políticos. Os empresários terão mais lucro explorando mais os trabalhadores. Enquanto os políticos terão mais poder sobre o voto e o destino destes trabalhadores.

O protesto contra a retirada de direitos trabalhistas e contra o PL 4330 também denuncia a falência do sistema político atual, incapaz de eleger quem trabalhe em favor da maioria da população, portanto a Reforma Política feita diretamente pela população brasileira é pauta importante na manifestação do 1º de Maio. A democratização dos meios de comunicação é outra pauta decisiva para mudar o cenário político nacional, marcado pela desinformação e o controle político das maiores redes de televisão e comunicação.

A Reforma Agrária integra a pauta do 1º de Maio e o MST vai denunciar a exploração do trabalhador do campo através do latifúndio – intimamente ligado à manutenção deste sistema político que mantém o poder nas mãos dos mesmos grupos familiares e não opera mudanças em favor da maioria da população.

O MOTU, o DCE-UFS, DCE-Unit, o Levante Popular da Juventude, o Centro D José Brandão de Castro, o MNDH e as comunidades quilombolas de Sergipe também se somam na luta pela demarcação das terras quilombolas, por moradia digna para o trabalhador da cidade; contra a redução da maioridade penal, por mais educação, saúde e cultura para a juventude empobrecida e contra o extermínio de jovens negros.

Bahia consolida projeto de Assentamentos

Entrega da Fazenda Colatina para famílias assentadas pelo Incra na Bahia consolida projeto Assentamentos Sustentáveis com Agroflorestas e Biodiversidade


Parceria entre Governo do Estado da Bahia, MST, Esalq-USP e Fibria, iniciada em 2012, celebra conquista dos assentados e segue na consolidação do Centro de Formação local.
 
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) entregam hoje as escrituras da Fazenda Colatina, localizada na BR 101, Km 832, no município de Prado (BA), para as 272 famílias assentadas na área. A Fazenda Colatina possui aproximadamente 4 mil hectares e integra o projeto “Assentamentos Sustentáveis com Agroflorestas e Biodiversidade”, desenvolvido em parceria entre Governo do Estado da Bahia, Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) e a Fibria.
 
A aquisição da fazenda Colatina foi conduzida de acordo com o Decreto 433/92, com a venda da propriedade ofertada pela Fibria. O Incra foi responsável pela regularização fundiária das terras de trabalhadores rurais assentados e acampados. A área já conta com apoio de equipes especializadas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), que atuam na região desde 2011. O Incra vistoriou o imóvel pela primeira vez em maio de 2013, quando a Fazenda Colatina pertencia à Fibria.
 
O projeto de Assentamentos Sustentáveis visa dar às famílias do MST acampados na área acesso à formação técnica, educacional e organizacional para a produção de alimentos com base nos princípios agroflorestais e agroecológicos e na organização social. Com uma escola já em operação no assentamento, o projeto conta com mais de 300 pessoas formadas nos últimos dois anos em curso técnico de Agrofloresta e alfabetização de adulto. Além disso, com apoio do projeto, em 2014 os assentados conseguiram arrecadar R$ 2 milhões com a venda de produtos agrícolas.
 
O histórico processo de desenvolvimento rural brasileiro, a luta pela Reforma Agrária no Extremo Sul da Bahia e a ocupação de seis fazendas da Fibria, pelo Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST), desencadeou um diálogo entre a empresa e as famílias acampadas, intermediado pela Esalq/USP, com o decisivo apoio do Governo da Bahia e do Governo Federal.
 
Esse diálogo definiu a elaboração do Projeto Assentamentos Sustentáveis, voltado à organização e implantação de assentamentos que produzam alimentos tendo por base os princípios agroflorestais e agroecológicos e a construção de um Centro de Formação local no qual tanto as famílias acampadas quanto as comunidades do entorno possam ter acesso a formação profissionalizante, técnica, educacional e organizacional com base nos fundamentos da agroecologia, dos sistemas agroflorestais e da organização social.
 
O Projeto Assentamentos Sustentáveis conta com um centro de formação voltado à educação socioambiental, tendo a agroecologia, os sistemas agroflorestais e a participação como eixos estruturantes, um caminho para que os sujeitos sociais do extremo sul da Bahia contribuam para a construção de sociedades sustentáveis.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

PS vota favoravelmente relatório "bem feito" e "fiel à verdade"

O PS vai votar favoravelmente o relatório final da comissão de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), um texto "bem feito, bem escrito e fiel à verdade", disse o socialista Pedro Nuno Santos.

Para o deputado coordenador do PS na comissão, o texto de Pedro Saraiva (PSD), que recebeu acrescentos de vários partidos entre a versão preliminar e a final, merece elogios e a análise dos socialistas é feita independentemente da cor política do relator.
"É importantíssimo que fique para o futuro um voto a favor, amplo, para este relatório", vincou Pedro Nuno Santos.
Já na sexta-feira, o deputado havia indicado à agência Lusa que o PS não iria apresentar propostas formais de alteração ao relatório final porque houve um entendimento com o deputado relator para integrar no texto as sugestões socialistas.
A comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES) está reunida desde cerca das 11:15 para discutir e votar o relatório final dos trabalhos, a cargo do deputado do PSD Pedro Saraiva.
A comissão foi proposta pelo PCP - e aprovada por unanimidade dos partidos - e teve a primeira audição a 17 de novembro do ano passado, tendo sido escutadas dezenas de personalidades, entre membros da família Espírito Santo, gestores das empresas do grupo, reguladores, supervisores, auditores e agentes políticos, entre outros.
O objetivo do trabalho dos parlamentares passou por "apurar as práticas da anterior gestão do BES, o papel dos auditores externos e as relações entre o BES e o conjunto de entidades integrantes do universo do GES, designadamente os métodos e veículos utilizados pelo BES para financiar essas entidades".

Comissão da Verdade da Escravidão realiza audiência pública em Belém


Evento contou ainda com a posse da Comissão da Verdade da Escravidão da seccional paraense

Belém (PA) – A Comissão Nacional da Verdade sobre a Escravidão Negra no Brasil realizou audiência pública nesta segunda-feira (27) durante a VI Conferência Internacional de Direitos Humanos. No encontro, foram debatidos aspectos práticos do funcionamento do grupo e apresentadas denúncias de violações de direitos humanos no Pará. Também foi empossada a comissão no âmbito da Seccional.
O presidente da Comissão, Humberto Adami, explicou que a questão das cotas raciais, após ser pacificada nas universidades com o entendimento do STF sobre sua constitucionalidade, sofre agora nos editais de concursos públicos para serem reconhecidas. “Se vamos começar toda a discussão de novos, vamos aumentar a cota”, afirmou.
“Temos 12 membros na Comissão, 35 consultores e 15 convidados do judiciário. Temos comissões nos Estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo e Bahia. Há também pesquisas já feitas sobre escravidão em várias universidades”, listou.
Segundo Wilson Prudente, membro da Comissão, “o crime da escravidão não foi reparado no sentido de que não há nem um pedido de desculpa formal do Estado brasileiro”.
“A sociedade pós-moderna vive assombrada pelo espírito da escravidão. O Brasil ainda não se olhou no espelho para apagar essa mancha do passado. Todo processo histórico traumático requer um encontro para que pessoas possam seguir adiante”, explicou. “A Comissão trabalha sobre três perguntas: Quais foram, por quem foram e como foram cometidos os crimes que tornaram realidade a escravidão negra no brasil.”
“Precisamos trazer para a pauta o tema da escravidão. A nação sempre quis colocar para baixo do tapete, desde a abolição. Fomos jogados à própria sorte. É necessário curar a sociedade brasileira da patologia do branco brasileiro, que acha que está nascendo com um capital que é a cor da pele, enquanto negro traz prejuízo. A sociedade, quando tolera o racismo, é porque ainda somos menos humanos. O certo é despertar empatia e não pena. Enquanto não for capaz de empatizar com população negra, não vai se curar dessa patologia. Comissão contribui para que sociedade comece processo de cura”, afirmou Zélia Amador de Deus, fundadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará.
A audiência pública contou com a participação da população paraense, que denunciou os abusos sofridos pelas populações quilombolas no Estado, que têm suas terras invadidas e seus rios poluídos, além de não contarem com estrutura básica de educação e saúde.

1º de maio: centrais constroem grande ato de luta contra PL 4330



Sob o impacto das decisões tomadas na Câmara dos Deputados na noite da quarta-feira (22), as centrais sindicais e os movimentos sociais já se preparam para o grande ato do 1º de maio, o Dia Mundial do Trabalhador, em todo o país.



 Este ano a data será celebrada em defesa da democracia, da Petrobras, dos direitos sociais e trabalhistas, da soberania e pela reforma política democrática, com o fim do financiamento empresarial de campanha eleitoral.
Mais do que nunca, o propósito deste 1º de maio é unir as centrais sindicais, movimentos sociais e a esquerda progressista em uma única luta, caminhando para um movimento mais amplo, de greve geral contra o trabalho precário, a desregulamentação da CLT e a derrota na votação do PL da terceirização desenfreada na Câmara dos Deputados. Em São Paulo, as organizações participantes se concentrarão a partir das 9h na Praça da República, Largo do Arouche, Estação da Luz e Pátio do Colégio, de onde sairão em caminhada até o Vale do Anhangabaú.

Entre as entidades engajadas neste 1º de Maio, além da CTB, estão as centrais CUT e Intersindical, e movimentos do campo e da cidade: Central dos Movimentos Populares (CMP), Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Marcha Mundial de Mulheres, Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB), Movimento dosTrabalhadores Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e União Nacional dos Estudantes (UNE).
A celebração terá início às 10 horas com um ato ecumênico, ao qual se seguirá o ato político com a participação de dirigentes sindicais, líderes partidários e representantes dos movimentos sociais. À tarde, a partir das 13 horas se inicia o ato cultural, com shows de diversos artistas, entre eles Rappin Hood, Thobias da Vai Vai, Leci Brandão e Alceu Valença. “Este ano, os trabalhadores vão comemorar fazendo do 1º de maio o seu ato de luta!”, diz o diretor executivo da CTB, Eduardo Navarro.
E, de fato, a data este ano vem carregada de simbolismo, uma vez que paira perigosamente no ar a ameaça de perda de direitos constitucionalmente assegurados, caso sejam aprovadosno Senado as nefastas mudanças propostas pelo PL4330 e suas emendas, votadas e aprovadas a toque de caixa na Câmara, e que o tornaram ainda mais lesivo aos trabalhadores.

Centrais e movimentos sociais fazem 1º de Maio contra ataque a direitos e por reforma

Dia do Trabalho será marcado por ato político/cultural a partir das 10h, no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo

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São Paulo – Centrais sindicais e movimentos sociais e estudantis vão fazer ato conjunto na capital paulista em comemoração ao Dia do Trabalho na sexta-feira (1º), a partir das 10h, com ato ecumênico no Vale do Anhangabaú, no centro. Na pauta do evento, a defesa dos direitos da classe trabalhadora, da democracia, da Petrobras e da reforma política. A concentração será a partir das 9h, na Praça da República, Largo do Arouche, Estação da Luz e Pátio do Colégio, de onde sairão caminhadas até o Anhangabaú. Para as 11h, está previsto o ato político/cultural, com a rapper Pame’lloza e Grupo Mistura Popular.
A partir das 13h começam as apresentações musicais, com Alceu Valença, Leci Brandão, Rappin Hood, GOG, Thobias da Vai-Vai e Elizeth Rosa.
Além de espaços de convivência e de alimentação, haverá unidades móveis de atendimento médico e outros serviços à população.
Participam a CUT, CTB, Intersindical, Central dos Movimentos Populares (CMP), Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen), Marcha Mundial de Mulheres, Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) e União Nacional dos Estudantes (UNE).

Defesa de direitos

As entidades defendem a taxação das grandes fortunas, que consideram um primeiro passo para a reforma tributária e prometem reforçar a mobilização contra o Projeto de Lei 4.330, da terceirização, e as medidas provisórias 664 e 655, que mudam as regras para a concessão benefícios sociais.
As entidades também defendem o Estado de direito e atacam o que chamam de clima de golpe existente contra o governo federal. Também será discutido o combate à corrupção e a defesa da Petrobras, como grande patrimônio dos brasileiros.
Para a CUT, o combate à corrupção deve ser feito por meio de uma reforma política que proíba o financiamento empresarial de campanhas. "Sem essa medida, o sistema político do país continuará seguindo os interesses das empresas que financiam as campanhas eleitorais, e não os interesses da população", afirma o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.

Curso Popular mobiliza juventude baiana em defesa da transformação social

A atividade faz parte de um programa nacional de formação política construído pelo MST e o Levante Popular da Juventude.

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De 30 de abril a 3 de maio cerca de 500 jovens do campo e da cidade participam do Curso Popular na Universidade.

As atividades acontecem na Universidade Estadual do Sudoeste Baiano (UESB) e no Colégio Estadual Anísio Teixeira, ambos localizados em Vitória da Conquista, Bahia.


O curso faz parte de uma ação nacional de formação política, construída pelo MST e o Levante Popular da Juventude.

As atividades tem o objetivo aprofundar o conhecimento dos jovens na questão agrária e fomentar a participação da juventude do campo e da cidade nas lutas populares.


Temas como o formato da educação publica no Brasil e o projeto de lei da terceirização (PL 4330/04), bem como a redução da maioridade penal discutido na PL 171/1993, estão sendo apresentados.


O desafio é fazer com que os participantes proponham a construção de ações que possam realizar mudanças na sociedade.

Todos estes temas serão abordados através de rodas de conversa, oficinas e atividades culturais. Além disso, a mística, as canções, gritos de ordem e poesias estarão presentes motivando os estudos e sugerindo mudanças.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Prefeito de Maricá em defesa da cultura indígena

No encerramento da Festa do Índio, realizada na Aldeia Mata Verde Bonita (Tekoa Ka’aguy Hovy Porã, em Tupi) com apoio da Prefeitura de Maricá, o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, informou aos presentes, indígenas, moradores e secretários do governo, que o governo municipal irá comprar um terrena para abrigar os 26 índios que estão vivendo em uma área do Parque Estadual da Serra da Tiririca, em Itaipuaçu.
Prefeito Quaquá: " - a aldeia será exemplo para o Brasil e viverá da própria cultura". (fotos: Fernando Silva)
Prefeito Quaquá: ” – a aldeia será exemplo para o Brasil e viverá da própria cultura”. (fotos: Fernando Silva)
Acompanhado da primeira-dama e deputada estadual Rosangela Zeidan, do cacique Darcy Tupã e de secretários municipais executivos e adjuntos, Quaquá visitou as instalações da aldeia da restinga, com ocas, uma Casa de Reza e o módulo educacional – estrutura com isolamento acústico, térmico, com ar condicionado e carteiras – disponibilizado pelo município para alfabetização dos índios. Para o próximo ano, o prefeito pretende mobilizar tribos de todo país. “Vamos chamar índios do Xingu e de outras regiões para fazer uma festa ainda maior. Essa aldeia será exemplo para todo o Brasil e o índio viverá da própria cultura. A presença de vocês enriquece Maricá”, declarou Quaquá.
Emocionado, o cacique Darcy Tupã – ao lado da sua mãe, a pajé Lídia Nunes – quase não conseguia falar ao lembrar momentos de dificuldade que a tribo passou quando ocupou uma área em Camboinhas, na Região Oceânica de Niterói. “Foram períodos muito difíceis, até que, há dois anos, essa luta acabou porque o prefeito nos trouxe para cá e aqui temos todo apoio da Prefeitura”, disse o cacique. “Maricá sai na frente com esta iniciativa. Aqui somos felizes cantando, pescando e rezando. Estamos felizes por estarmos na agenda oficial do município e gratos pela liberdade dada à nossa cultura”, completou.
Pataxós da Bahia fizeram a Dança do Guerreiro. (foto: Fernando Silva)
Pataxós da Bahia fizeram a Dança do Guerreiro. (foto: Fernando Silva)
Para a deputada estadual, que também é presidente da Comissão de Assuntos Fundiários da Alerj, Rosangela Zeidan, a presença dos povos indígenas em Maricá levará o nome da cidade para o mundo. “Obrigada a vocês por essa riqueza cultural”, afirmou a deputada. Já o índio Arassaí, da tribo Pataxó da Bahia, retribuiu o carinho encontrado na cidade. “Muito bom ter pessoas sensibilizadas com nossa cultura e apoio às nossas tradições. Viajo por aldeias de todo país e vejo que só a Prefeitura de Maricá tem esse respeito”, frisou.
Fechando a Festa na Aldeia, índios da tribo Tupi-Guarani M’Bya apresentaram o Canto do Coral e os representantes pataxós da aldeia de Porto Seguro (BA) fizeram a Dança do Guerreiro para alunos da Escola Municipal Barra de Zacarias, em Barra de Maricá; e do Centro de Educação Infantil Municipal Nelson Mandela, de São José do Imbassaí, e demais autoridades.
26 índios guaranis vivem em área da Serra da Tiririca, em Itaipuaçu. (Foto:  Estefan Radovicz / Agência O Dia)
26 índios guaranis vivem em área da Serra da Tiririca, em Itaipuaçu. (Foto: Estefan Radovicz / Agência O Dia)

Morre Inês Ettiene, única guerrilheira libertada da Casa da Morte


Graças ao depoimento de Inês foi possível identificar os torturadores da Casa da Morte

A única presa política que conseguiu sair com vida da Casa da Morte - local usado para tortura pelos militares e que funcionava na cidade de Petrópolis, na região serrana - Inês Ettiene Romeu, de 72 anos, morreu nesta segunda-feira (27), em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. Pelo menos, 20 pessoas teriam morrido após torturas no local durante a ditadura.


De acordo com parentes, a ex-guerrilheira morreu enquanto dormia. A família de Inês Ettiene espera a chegada de parentes que vem de Minas Gerais para definir local e hora do sepultamento.

Em 5 de maio de 1971, há quase 44 anos, Inês integrava a VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) quando foi presa na rua Santo Amaro, zona sul de São Paulo, pela equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury. Levada para a delegacia, a guerrilheira foi torturada antes de ser trazida para o Rio. No Estado foi transferida para a Casa da Morte, em Petrópolis.

Os torturadores a liberaram acreditando que depois de três meses de tortura e cativeiro na Casa da Morte, ela não participaria mais da luta armada e até passaria a colaborar para o regime militar. A revelação foi feita pelo tenente-coronel Paulo Malhães, morto em 2014.

Em depoimento escrito por ela ainda no hospital, em 1971, e entregue à OAB em 1979, quando ela terminou de cumprir pena imposta pelo regime militar, revelou a localização da casa e identificou alguns dos agentes que atuavam no local. 

Apesar de não poder depor à Comissão Nacional da Verdade (CNV) por um problema na fala, Inês identificou seis torturadores da casa. Todo o reconhecimento foi feito com base em fotografias apresentadas pelos integrantes da comissão. Dos identificados, cinco ainda estão vivos. Apenas Freddie Perdigão Pereira está morto. Ele era apontado como um dos mais cruéis torturadores do regime militar.

Quatro integrantes do grupo foram lotados no gabinete do então ministro da Guerra, Orlando Geisel, irmão do ex-presidente Ernesto Geisel.

"Estamos conseguindo demonstrar que ela [a Casa da Morte] existiu e foi produto de uma ação deliberada do Estado brasileiro de fazer das violações aos direitos humanos uma política de Estado. Conseguimos identificar uma lista de torturadores que atuaram na Casa da Morte e listar vítimas que estiveram ou desapareceram", avaliou, na ocasião, o coordenador da CNV, Pedro Dallari.

Presente no encontro com a CNV, Inês Ettiene foi aplaudida de pé e ouviu a irmã ler uma carta às pessoas presentes no auditório do Arquivo Nacional. "Sua missão é de heroísmo. Você não tem mais o que temer. Você venceu", disse a irmã, Celina Romeu a Inês após a leitura.

Sindicato anuncia greve na escolas municipais de Lauro de Freitas



O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Município de Lauro de Freitas anunciou a paralisação dos professores a partir dessa terça-feira (28/4), em protesto contra a falta de professores, auxiliares de classe e funcionários nas escolas. 
Na quarta-feira (29) haverá assembleia geral com indicativo de greve, na Escola Municipal Dois de Julho, em Itinga.
Segundo informações do sindicato, a carência vem desde 2014, quando a prefeitura romper os contratos via Reda, sob a alegação de falta de dinheiro.
"A quebra desse contrato (que poderia se estender por mais um ano) criou um déficit significativo na rede, já que, em algumas escolas, quase 100% do quadro de funcionários era composto justamente por esses profissionais, a exemplo da maioria das creches municipais", diz nota do sindicato. 

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Chuva causa prejuízos em toda Salvador.

Morador transita de caiaque na Rua Dr. Adroaldo Soares de Albergaria, na Cidade Baixa, em Salvador. (Foto:   Daniel Valverde /VC no G1)


A forte chuva que atinge Salvador desde a madrugada desta segunda-feira (27) deixa diversas ruas e avenidas alagadas. A Defesa Civil de Salvador (Codesal) registrou 26 ocorrências até as 7h42 desta segunda-feira. Foram seis alagamentos de imóvel, três ameaças de desabamento de imóvel, uma ameaça de deslizamento de terra, dois desabamentos de imóvel, três desabamentos de muro, seis desabamentos parciais e cinco deslizamentos de terra. Não há registro de feridos.

As regiões do Largo do Retiro e bairro do Rio Vermelho, sentido Ondina, estão completamente alagadas. Em um condomínio no bairro do Stiep, carros estão sendo cobertos pela água e pedestres têm dificuldade para transitar na região. De acordo com a Transalvador, na Avenida Juracy Magalhães, o córrego da região já atingiu o limite e corre risco de transbordar.

Nas Avenidas Orlando Gomes, sentido Paralela, Barros Reiras, e nos bairros do IAPI, Boca do Rio, sentido orla, assim como na região do Dique do Tororó, onde fica a Arena Fonte Nova, as ruas já estão alagadas.

Moradores da Pituba atingidos pelos danos da chuva 

Na Pituba os alagamentos atingiram a rua Território do Amapá. No local moradores já estão a alguns anos discutindo com os militares para tentar solucionar os problemas de escoamento de água na rua. Mais uma vez estamos vendo o preço da "DEMORA" e do descaso com os moradores de toda a cidade. Confira no vídeo os danos causados aos moradores e o estado dos veículos dentro do quartel do Exército!!!



Mulheres indígenas se reúnem em aldeias da Bahia para discutir violência

Rodas de conversas discutem livro de autoria das mulheres indígenas com foco na realidade destas mulheres e na violência


No mês de abril e maio, quatro aldeias indígenas terão encontros para discutir a realidade das mulheres indígenas e para o lançamento itinerante do livro “Pelas Mulheres Indígenas”.
O livro foi inteiramente escrito, fotografado e desenhado por mulheres indígenas de oito etnias do Nordeste brasileiro, e traz relatos sobre suas vidas, seus sonhos e sobre o ser mulher indígena hoje.  O título “Pelas Mulheres Indígenas” é uma alusão dupla, pela autoria e pela motivação de empoderar as mulheres na prática de seus direitos.
A publicação conta também com uma Cartilha informativa sobre como prevenir e lidar com casos de violência conjugal. São 64 páginas todas coloridas, que contam também com ilustrações da jovem indígena Tupinambá, Irãny, e de Potyra Tê Tupinambá.
O livro integra as atividades do projeto “Pelas Mulheres Indígenas” que está implementando uma formação contínua sobre direito das mulheres, com mulheres indígenas de 08 comunidades do Nordeste: Tupinambá, Pataxó Hãhãhã, Pataxó Dois Irmãos e Pataxó Barra Velha, da Bahia, Xokó, de Sergipe, Kariri-xocó e Karapotó Plaki-ô de Alagoas, e Pankararu, de Pernambuco. O projeto conta com apoio da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) e da Secretaria de Políticas Públicas do Estado da Bahia (SPM-BA), tendo sido vencedor do edital Março Mulher deste ano.
A formação se dá através de encontros na sede da ONG, em Olivença, e on-line, com a criação de uma uma rede multiétnica, a Comunidade Colaborativa de Aprendizado Pelas Mulheres Indígenas, disponível em: http://www.mulheresindigenas.org.

Veja a agenda das RODAS DE CONVERSA com LANÇAMENTO ITINERANTE:
26 de abril – Pataxó de Porto Seguro, Aldeia de Barra Velha
03 de maio – Pataxó Hahahae, Aldeia Caramuru
10 de maio – Pataxó do Prado, Aldeia de Cumuruxatiba
17 de maio – Tupinambá, Aldeia Itapuã



Navio-prisão: verdade ainda submersa no Porto de Santos

Sexta-feira, dia 24 de abril de 1964. Início da ditadura militar no Brasil. O navio Raul Soares, transformado em cárcere flutuante, chega ao Porto de Santos. Para ele são enviados presos políticos e sindicalistas portuários. A Comissão Nacional da Verdade, em seu relatório final, diz que o navio foi local de tortura, mas não aponta os nomes de quem enviou o navio-prisão  para humilhar dezenas de sindicalistas. Isto significa que a verdade continua submersa no estuário do porto de Santos.

“A verdade realmente ainda está submersa no Porto de Santos, pois li o relatório da Comissão Nacional da Verdade e ele não esclarece muita coisa sobre  o navio-prisão Raul Soares. Menos mal, que o relatório apurou e aponta o que todos nós, presos do navio, vimos relatando ao longo desses 51 anos, que o Raul Soares foi local de tortura e humilhou muita gente”. O relato é do médico alemão naturalizado americano Thomas Maack, feito direto de Nova Iorque, ao Diário do Litoral.

Maack foi preso e  personagem  do navio Raul Soares e ajudou a salvar a vida de muitos presos.  Quando o navio foi desativado, o médico, que era professor da USP, em São Paulo, teve que fugir do País e se exilou em Nova Iorque, Estados Unidos, onde é hoje professor emérito da Cornell Universidade.

Sua história foi relatada pelo DL  em duas séries de reportagens: Navio-Prisão: Democracia à Deriva( em 2.013) e Cárcere Flutuante: Os 50 anos  do Raul Soares e da Repressão ao Sindicalismo( em 2.014).

Esteve em Santos, por duas vezes, a convite do DL e recebeu homenagens da Câmara e de sindicatos de portuários.  “Cabe, a vocês da imprensa e, principalmente, ao movimento sindical, não deixar essa história ser esquecida e continuar cobrando das autoridades a revelação dos nomes de quem foram os responsáveis, os líderes, por enviar o navio Raul Soares para propiciar esta triste história”, disse Thomas Maack.

Nas duas séries de reportagens o DL também entrevistou outros dois presos: Argeu Anacleto e Ademar dos Santos, Ademarzinho, sindicalistas portuários, que foram trancafiados nos calabouços do cárcere flutuante.e falara sobre torturas.

E também, o ex-capitão dos portos, Almirante Júlio de Sá Bierrembach, que, por sua vez, negou torturas aos presos do navio Raul Soares.
Thomas Maack foi um dos presos políticos do navio Raul Soares. Perseguido pela ditadura, ele se exilou em Nova Iorque (Foto: Matheus Tagé/DL)
Thomas Maack foi um dos presos políticos do navio Raul Soares. Perseguido pela ditadura, ele se exilou em Nova Iorque (Foto: Matheus Tagé/DL)


Ato lembra a chegada do Navio Raul Soares
O Comitê Popular de Santos – Memória, Verdade e Justiça, está organizando para a hoje, um ato para lembrar presos e mortos no navio Raul Soares. A concentração será atrás da Alfândega, na estação das barcas que seguem para a Ilha Diana, das 17h00 às 19h00.

Na ocasião, também será deflagrada uma grande campanha de recolhimento de informações sobre o Navio Raul Soares e os organizadores do evento convidam a população de toda a Baixada Santista a contribuir com relatos, fotos e recortes de jornal para a criação de um amplo arquivo sobre o episódio. As pessoas que puderem disponibilizar material, devem entrar em contato pelo facebook do Comitê.

“Alguns fatos e momentos da nossa história devem permanecer vivos na nossa memória, porque o preço que se paga pelo esquecimento é muito alto”, alerta Chico Nogueira,   presidente do Settaport, o único sindicato portuário que está apoiando esta iniciativa.

O Comitê Popular de Santos – Memória, Verdade e Justiça foi criado em novembro de 2013, durante a audiência pública da Comissão Nacional da Verdade, realizada no Sindicato dos Petroleiros de Santos. Em novembro de 2014, realizou o Encontro com a Justiça de Transição, no Fórum da Cidadania. O ato em memória dos horrores promovidos pelo navio Raul Soares sera a Terceira atividade, desde que o Comitê começou a atuar na cidade.

Sobre o Raul Soares
A embarcação de passageiros, foi construída em 1900, pela companhia Hamburg Süd; em 1925, foi adaptada também para o transporte de carga; e, quando já estava inativa, no Rio de Janeiro, foi requisitada  pela Marinha Brasileira, pintada de preto e rebocada até o Porto.

O Raul Soares atracou  em Santos, no dia 24 de abril de 1964, para servir de cárcere político para sindicalistas, estudantes, professores, militares dissidentes e trabalhadores de todas as categorias que se organizavam contra o regime repressivo que começava a se instalar no país. A bordo, os detidos enfrentaram torturas e passaram por longos interrogatórios, mas até hoje não se sabe exatamente quantas pessoas estiveram presas ali.

“O Raul Soares é um emblema do golpe militar e da humilhação sofrida pela  cidade de Santos, quando perdeu a sua autonomia política”, lembra Maurício Valente,   coordenador do Comitê.

Projeto "Tocando Maracás Eu e Vocês" homenageia indígenas

Objetivo é  valorizar e difundir a cultura dos povos indígenas (Divulgação)
O Centro Cultural Solar Ferrão (Pelourinho) promove em 28/04, o projeto "Tocando Maracás Eu e Vocês", que tem como objetivo rememorar, valorizar e difundir a cultura dos povos indígenas lançando um novo olhar sobre o significado do desaparecimento de parte de suas tradições. As atividades são direcionadas aos alunos do Colégio Vivaldo Costa Lima nos horários de 10h às 12h e de 13h às 15h. O público interessado, porém, pode acompanhar a atividade gratuita.

As atividades são realizadas em três etapas A primeira envolve uma visita mediada à Coleção de Instrumentos Musicais Tradicionais de Emília Biancardi. Em seguida, acontece a exibição de vídeo sobre o assunto e o bate-papo com a etnomusicóloga Emília Biancardi. Para finalizar, uma aula com os integrantes da Orquestra Museofônica da Diretoria de Museus do Instituto do Patrimônio Artí stico e Cultural da Bahia (Dimus/Ipac), que ensinará os alunos a manusearem o maracás - espécie de chocalho bastante utilizado na cultural indígena.

"No geral as pessoas esquecem que, quando os povos invasores chegaram no Brasil, e depois os negros, os índios já tinham seus instrumentos musicais, já tinham suas músicas e danças. Com esse tipo de inciativa, queremos transmitir esse conhecimento", explica Emília - responsável pela maior coleção de instrumentos musicais dos índios no Brasil.

"O projeto visa incentivar a aproximação entre crianças e adolescentes aos instrumentos musicais indígenas, valorizando a cultura e a importância da preservação dos valores desse povo tão significativo na história do país", completa Ana Liberato, diretora da Dimus.

Organizações e movimentos irão ‘descomemorar’ 50 anos da Globo



No dia 26, a rede Globo de Televisão completou 50 anos de existência. A data mobilizou diversas organizações e movimentos sociais para atos e debates públicos que irão “descomemorar” o aniversário da emissora - símbolo do monopólio midiático no Brasil.
Atos de rua estão marcados em diversas capitais. No manifesto “50 anos da TV Globo: vamos descomemorar!”, entidades como o Intervozes, o Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), dentre outras, repudiam o  autoritarismo da linha editorial da emissora e denunciam o seu envolvimento em suspeitos casos de corrupção e sonegação fiscal.
 “Sem enfrentar o poder e colocar limites à maior emissora do Brasil – e uma das cinco maiores do mundo – não será possível garantir a regulamentação dos artigos da Constituição que proíbem o monopólio para levar a cabo a democratização do país”, completam.
Nesta quinta-feira (23/04), no Rio de Janeiro, ativistas realizaram um protesto nos portões de entrada do Maracanãzinho, onde convidados esperavam para ingressar e ver o show em comemoração aos 50 anos da emissora. Com faixas, cartazes, bandeiras e camisetas estampando slogans e frases contra a TV Globo, os manifestantes distribuíram milhares de panfletos e se revezaram no microfone para lembrar aos presentes as constantes práticas de manipulação da informação e a histórica vinculação com a Ditadura Civil-Militar no Brasil.
Agenda
Em São Paulo, a manifestação está programada para este domingo, às 15h, com concentração na Praça General Gentil Falcão. Na mesma data, Brasília concentra seu ato em frente à Globo, às 13h e, além das manifestações políticas, está programado atos culturais com grupos de samba e hip-hop.  Já em Porto Alegre, o protesto “Fora Globo/RBS” A festa acabou: 50 anos de mentira!” está marcado para às 14h, com concentração no Arco da Redenção.
Em Belo Horizonte, a "Descomemoração" dos 50 anos da Globo" acontecerá às 13 horas, na Avenida Carlos Luz, 800 (próximo a igreja Santa Clara), bairro Caiçara. Em Recife, o ato, que também Descomemora os 50 anos da emissora, acontece na Praça do Arsenal, no Centro.  O Paraná, por sua vez, realiza uma semana com atividades presenciais e virtuais que irão até o dia 29 de abril. 

 Confira o Manifesto:
 50 ANOS DA TV GLOBO: VAMOS DESCOMEMORAR!
A TV Globo festejará os seus 50 anos de existência no dia 26 de abril. Serão promovidos megaeventos e lançados vários produtos comemorativos. No mesmo período, porém, muita gente está disposta a promover a “descomemoração” do aniversário do império global, um ato de repúdio ao papel nocivo desse grupo de mídia na história do país. Uma palavra-de-ordem que se destaca em todo o Brasil em manifestações recentes é: “O povo não é bobo. Fora Rede Globo”. E motivos não faltam para esta revolta.
A emissora é filha bastarda do golpe militar de 1964. O então diretor do jornal “O Globo” Roberto Marinho foi um dos principais incentivadores da deposição do presidente João Goulart, dando sustentação ideológica à ação das Forças Armadas. Um ano depois, foi fundada a sua emissora de televisão, que ganhou as graças dos ditadores. O império foi construído com incentivos públicos, isenções fiscais e outras mutretas. Os concorrentes no setor foram alijados, apesar do falso discurso global sobre o livre mercado.
Nascida da costela da ditadura, a TV Globo tem um DNA golpista. Apoiou abertamente as prisões, torturas e assassinatos de inúmeros lutadores patriotas e democratas que combateram o regime autoritário. Fez de tudo para salvar o regime dos ditadores, inclusive omitindo a jornada das Diretas Já na década de 80. Com a democratização do país, ela atuou para eleger seus candidatos – os falsos “caçadores de marajás” e os convertidos “príncipes neoliberais”. Na fase recente, a TV Globo militou contra toda e qualquer avanço mais progressista, atuando na desestabilização dos governos que não rezam integralmente a sua cartilha. Nas marchas de março desse ano, ela ajudou a mobilizar o anseio golpista e garantiu a ele todos seus holofotes.
A revolta contra a Globo que ganha corpo está ligada também à postura sempre autoritária diante dos movimentos sociais brasileiros. As lutas dos trabalhadores ou não são notícia na telinha ou são duramente criminalizadas. A emissora nunca escondeu o seu ódio ao sindicalismo, às lutas da juventude, aos movimentos dos sem-terra e dos sem-teto. Através da sua programação, não é nada raro ver a naturalização e o reforço ao ódio e ao preconceito. Esse clima de controle e censura oprime jornalistas, radialistas e demais trabalhadores da empresa, que são subjugados por uma linha editorial que impede, na prática, o exercício do bom jornalismo, servidor do interesse público, em vez da submissão à ânsia de poder de grupos privados.
Além da sua linha editorial golpista e autoritária, a Rede Globo – que adora criminalizar a política e posar de paladina da ética – está envolvida em inúmeros casos suspeitos. Até hoje, ela não mostrou o Darf (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) do pagamento dos seus impostos, o que só reforça a suspeita da bilionária sonegação da empresa na compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002. A falta de transparência do império em inúmeros negócios é total. Ela prega o chamado “Estado mínimo”, mas vive mamando nos cofres públicos, seja através dos recursos milionários da publicidade oficial ou de outros expedientes mais sinistros.
Essas e outras razões explicam o forte desejo de manifestar o repúdio à TV Globo em seu aniversário de 50 anos. Assim, vamos realizar em torno do dia 26 de abril uma série de manifestações, em todo o país, para denunciar a emissora como golpista ontem e hoje; exigir a comprovação do pagamento de seus impostos; e reforçar a luta por uma mídia democrática no Brasil.
Sem enfrentar o poder e colocar limites à maior emissora do Brasil – e uma das cinco maiores do mundo – não será possível garantir a regulamentação dos artigos da Constituição que proíbem o monopólio para levar a cabo a democratização do país. Por isso, vamos às ruas contra a Globo e convidamos todos os brasileiros comprometidos com a democracia, a liberdade de expressão, a cultura nacional, o jornalismo livre e a soberania popular a participar das manifestações em todo o país.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Após aprovarem acordo de campanha salarial, trabalhadores da construção pesada encerram greve



Na manhã desta quinta-feira (23), os trabalhadores da construção pesada encerraram a greve decretada na última quinta-feira (16)
De acordo com o Sintepav (Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem Industrial), durante a assembleia os trabalhadores aprovaram a proposta de reajuste salarial de 7,68% com o pagamento da diferença dos meses de março e abril de 2015 preferencialmente no adiantamento quinzenal ou junto com a folha de pagamento do mês de maio; acréscimo de R$ 20 aos valores atualmente praticados nas cestas básicas; manutenção das negociações referentes à PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) e a manutenção das demais conquistas firmadas nas convenções anteriores.