O Movimento dos Trabalhadores Sem
Teto (MTST) afirmou que não aceitará a paralisação das contratações de
moradias da faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida até o fim do ano. O
líder do MTST, Guilherme Boulos, se encontrou com o ministro das
Cidades, Gilberto Kassab, e avisou que o movimento usará todas as formas
de mobilização para fazer com que as contratações voltem à normalidade.
A reação, diz ele, inclui desde ocupações de imóveis desabitados até o
fechamento das principais rodovias do País.
"Se
o governo não tiver a capacidade de fazer uma política pública para
atender essa faixa de renda, vai ter um agravamento dos conflitos
urbanos no Brasil. Não vai restar outra alternativa às famílias",
afirmou.
No mês passado, 30 mil pessoas, segundo o MTST -
10 mil na estimativa da Polícia Militar -, fizeram uma manifestação na
capital paulista para cobrar o início das contratações da terceira etapa
do programa.
Boulos diz que o déficit habitacional no
País aumentou nos últimos anos, por causa da alta no valor dos aluguéis e
da especulação imobiliária nas grandes cidades. Ele criticou a criação
da faixa 1 do FGTS, considerada um "retrocesso" por causa das exigências
- como ter o nome limpo - e da cobrança de contrapartidas. "Política
habitacional demanda subsídio. Não precisamos do Minha Casa Minha Vida
para mais uma linha de financiamento", disse.
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