A informação foi dada pela rádio Pombal
FM, que conversou com o líder indígena, identificado como Dernival,
enquanto este confirmou que adotaria a medida extrema caso não houvesse
um posicionamento da gestão municipal, preocupando a população da
cidade.
Em conversa com a imprensa,
a prefeita afirmou que já foi marcada uma reunião com os líderes da
tribo que será realizada na sede da prefeitura, nesta quart-feia, 01, no
turno vespertino. Também participarão representantes da Funai, da Casa
Militar e da Secretaria de Justiça dos Direitos Humanos. “A reunião foi
uma reivindicação da comunidade, e esperamos poder resolver as suas
questões nesta quarta”, explicou ela, afirmando que, apesar do susto,
não houve qualquer ocorrência mais grave.
Durante a tarde, a prefeita utilizou sua
conta no Facebook para acalmar os ânimos dos habitantes e afirmou que
estaria “aguardando a indicação de uma comissão e/ou um líder para
dialogar sobre o que dizem respeito à comunidade em questão, o que até
agora não foi feito, em que pese já haver solicitado através do Comando
da Polícia Militar e da Caatinga”. Segundo ela, por conta dessa mesma
ausência da definição de uma liderança, os representantes da prefeitura
foram recomendados a não entrar na reserva.
Ainda nesta terça-feira, a gestão
municipal afirmou, através de uma nota, que tem “respeito e admiração
pela história deste povo”, e que “nunca mediu esforços para atender aos
anseios da população indígena”. Contudo, segundo a prefeitura, muitas
solicitações fogem da competência da administração, e que, neste
sentido, “junta forças ao Povo Kiriri para ecoar mais forte e fazer
prevalecer os seus direitos”.
Ocupação da BA-388
Desde o dia 27, os índios haviam
bloqueado um trecho da BA-388, que liga o povoado de Nova Esperança
(pertencente à Ribeira do Pombal) a Banzaê, reivindicando uma série de
melhorias para a comunidade indígena, como o transporte escolar para os
jovens da aldeia, e disponibilidade de uma ambulância para realização de
atendimento médico no território, a limpeza de estradas, e também a
iluminação pública na região onde residem os nativos.
Segundo a nota da Prefeitura de Banzaê, a
educação da comunidade indígena é de responsabilidade do Governo do
Estado, e toda reivindicação envolvendo o transporte escolar, deve ser
feita junto à administração estadual. Já em relação à ambulância, a
gestão afirma que a saúde da comunidade Kiriri está a cargo do Governo
Federal, através da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai),
ligada ao Ministério da Saúde.
Sobre a iluminação pública, o Município
afirma fazer manutenções periódicas na rede elétrica das aldeias. E no
tocante à limpeza de estradas, a gestão esclareceu que todo
empreendimento ou retirada de recursos naturais em território indígena
necessita de autorização da Funai, inclusive as obras do PAC.
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