Vereador trabalha pelos avanços dos direitos indígenas na Bahia
Localizado
no Sul da Bahia, o município de Santa Cruz Cabrália é conhecido por
possuir uma das maiores aldeias indígenas do Brasil: Coroa Vermelha. Foi
lá que surgiu um importante defensor das tradições e direitos dos
índios, o Cacique Aruã, atual vice-presidente da Câmara de Vereadores e
integrante do Comitê Estadual do PCdoB na Bahia.
Reeleito
para a vice-presidência da Casa Legislativa, o comunista afirma que tem
realizado umtrabalho de instrumentalizar o município para garantir os
direitos indígenas. Entre os projetos de sua autoria, estão em
tramitação a criação da categoria de professor indígena, do Conselho
Municipal de Questões Indígenas e do Fundo Municipal de Ação Indígena.
Santa Cruz Cabrália tem uma população indígena de mais de 6 mil pessoas
e, desde 2005, conta com a Secretaria Municipal de Assuntos Indígenas.
Além disso, Cacique Aruã é autor do projeto que cria o Fundo Municipal
de Desenvolvimento Rural, que vai fortalecer e desenvolver a agricultura
familiar. Dessa forma, os assentamentos sem terra serão beneficiados
por políticas de inclusão social. No momento, o assunto está em
discussão na Câmara.
O representante indígena é responsável, ainda, pela proposta em criar a
Secretaria e o Conselho Municipal de Juventude. “Já realizamos algumas
reuniões com a União da Juventude Socialista (UJS), para fortalecer as
ações em nosso município”, afirma.
De acordo com Aruã, é necessário que as minorias ocupem os espaços de
poder e apresentem à sociedade suas reivindicações e anseios.
“Precisamos estar nos espaços políticos. Temos de ter representações
indígenas em todas as instâncias. Faço parte do Comitê Estadual do PCdoB
e participo das decisões, ações e construções para o segmento. Somos
nós quem sabemos das nossas necessidades. Não podemos ficar fora disso”,
declara.
Avanços
Cacique Aruã revela que antes do governo Wagner (2007-2014) os índios,
praticamente, não tinham acesso aos programas sociais. “Nossa
representação começou a ter visibilidade com o governador Jaques Wagner.
E isso só aconteceu graças ao nosso trabalho e insistência”.
Nesses últimos oito anos, foi criada a categoria de professor indígena, o
concurso para professor indígena, a Coordenação de Política para Povos
Indígenas, a Coordenação de Educação Escolar Indígena, do Conselho dos
Direitos dos Povos Indígenas, o Grupo Executivo Intersetorial (formado
por várias secretarias) e o Plano Operacional de Trabalho (possibilitou a
implantação de projetos e ações indígenas).
Sobre o futuro, o representante indígena acredita que as expectativas
são positivas. “Tivemos muitos avanços. Agora, com o governador Rui
Costa, esperamos ampliar ainda mais os direitos conquistados. Vamos
batalhar por isso”, finaliza.
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