
A partir do dia 31 de janeiro (um sábado), e ao longo de toda a
primeira semana de fevereiro, a CUT concentrará várias mobilizações no
Congresso Nacional e na Esplanada dos Ministérios para receber os
deputados e senadores que serão empossados e, também, acompanhar o
início dos trabalhos do Legislativo para 2015.
A iniciativa, segundo divulgou sexta-feira (23) o presidente da
entidade, Vagner Freitas, tem o objetivo de conversar e tentar repassar
para os parlamentares a pauta principal dos trabalhadores na agenda
legislativa.
Além de pedir apoio a eles, uma vez que, conforme estudos do
Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), o ano será
difícil para a categoria. Sobretudo, porque a legislatura contará com um
dos Congressos mais conservadores já observado nos últimos 20 anos.
“Pretendemos conversar nos gabinetes ou nas comissões, com os
deputados e senadores sobre itens tidos como prioritários e que
consistem na nossa luta, como a jornada de 40 horas de trabalho, o fim
do fator previdenciário e o direito de negociação dos servidores.
Também, para que o projeto de lei referente às atividades de
terceirização não seja votado de uma forma que prejudique os
trabalhadores porque isso não é bom para o país como um todo”, acentuou o
dirigente.
O trabalho contará com representantes da CUT e sindicalistas, nesta
espécie de “estratégia de contato” com os parlamentares, que inclui até
mesmo, a divulgação de cartazes e folhetos sobre os projetos que fazem
parte da pauta trabalhista do legislativo (muitos deles, matérias que
tramitam há mais de dez anos sem chegar a uma aprovação). A ideia
inicial é de que o primeiro contato seja feito por representantes já no
aeroporto, durante a chegada dos deputados e senadores à capital
federal.
Salário mínimo
Conforme informações da Câmara dos Deputados, além dos itens citados por Vagner Freitas dentro da pauta trabalhista, tramitam na Casa outros projetos emblemáticos, como o de valorização do salário mínimo e a regulamentação dos direitos dos trabalhadores domésticos, que ainda não foi totalmente aprovada – apesar da emenda constitucional sobre o tema ter sido promulgada no ano passado.
Conforme informações da Câmara dos Deputados, além dos itens citados por Vagner Freitas dentro da pauta trabalhista, tramitam na Casa outros projetos emblemáticos, como o de valorização do salário mínimo e a regulamentação dos direitos dos trabalhadores domésticos, que ainda não foi totalmente aprovada – apesar da emenda constitucional sobre o tema ter sido promulgada no ano passado.
A preocupação da CUT tem razão de existir. Estudo recente divulgado
pelo Diap constatou que a bancada sindical do Congresso será a menor já
observada desde 1988, quando existiam apenas 44 sindicalistas entre os
parlamentares. Agora em 2015, o número cai de 83 parlamentares da
legislatura que se encerra para 46.
Já a bancada empresarial, que defende os interesses do patronato,
conforme o mesmo estudo, reduziu o número de deputados e senadores de
246 parlamentares para 190, mas continua com número bem maior que o de
sindicalistas.
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