terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Após reajustes nas tarifas de ônibus, protestos se espalham pelo País



Com o aumento das passagens de ônibus nas principais capitais brasileiras, movimentos sociais e estudantis organizam, desde o início de janeiro, manifestações pelo País. Na tarde de ontem, cerca de 50 pessoas se organizaram na Praça da Bandeira, no Centro de Fortaleza, e marcharam em direção ao Paço Municipal para protestar contra o aumento da passagem de ônibus na Capital, que subiu de R$ 2,20 para R$ 2,40. O reajuste foi anunciado pela prefeitura na última terça-feira, 13.


Membros do Levante Popular da Juventude, Movimento do Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e Movimento Organizado dos Trabalhadores e Trabalhadoras Urbanos (Motu) organizaram a manifestação que durou pouco mais de uma hora. A mobilização contestava o aumento e pedia passe livre para estudantes e desempregados.

A capital cearense, portanto, entra no rol das cidades brasileiras que protestaram contra o aumento das passagens no início deste ano. Pelo menos 12 cidades já realizaram protestos ou agendaram mobilização para os próximos dias, entre as quais estão Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo.

O Secretario-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, afirmou na última terça-feira, 13, não esperar grandes manifestações em razão do reajuste da tarifa de transporte coletivo. Segundo ele, as prefeituras atenderam às pautas da população mais carente e dos estudantes. “Prefeituras e Estados fizeram movimentos muito importantes em direção ao passe livre. Rio e São Paulo tomaram iniciativas muito importantes de assegurar gratuidade para estudantes, para a população pobre. Nos parece que essas políticas adotadas pelas prefeituras são adequadas”.

Consultado pelo O POVO, o cientista político Uriban Xavier acredita que as manifestações marcadas para este mês não englobem apenas a pauta do aumento das tarifas, mas também outros pontos como, por exemplo, o aumento das demissões das montadoras no ABC paulista. Uriban afirma, contudo, que não há como prever se os protestos de janeiro de 2015 tomarão a mesma proporção que os de junho de 2013. “Em 2013 uma das coisas mais importantes que houve foi a opinião que as pessoas tinham sobre a Copa, o padrão Fifa que puxou um sentimento de atores sociais que se sentiram ofendidos pelo trato que o Brasil deu à Federação. A manifestação das ruas e a prática da Polícia deu essa explosão. Mas é imprevisível”, disse.

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