A decisão foi tomada em assembleia na tarde desta sexta-feira
Os motoristas e cobradores do transporte
coletivo urbano de Feira de Santana vão paralisar as atividades a partir
da zero hora da próxima quarta-feira (20). A decisão foi tomada em
assembleia na tarde desta sexta-feira (15).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Alberto
Nery, inicialmente a greve estava prevista para o dia 19, mas, segundo
ele, por se tratar da data de pagamento dos salários dos trabalhadores, o
sindicato optou pelo dia 20, para não prejudicar os funcionários.
“Gostaríamos de não ter chegado a essa situação, mas chegou e é o
momento do trabalhador garantir a reposição salarial e garantir os
direitos. Os empresários entendem que em virtude do momento que eles
estão vivendo não devem atender a nossa reivindicação. Passamos a
situação para os trabalhadores, que aprovaram a greve”, destacou Nery.
Sobre a obrigatoriedade dos 30% da frota circulando, o presidente do
sindicato afirmou que quem determina isso é o poder judiciário e, se for
solicitado, o sindicato irá cumprir, mas caso contrário, toda frota
será paralisada. Alberto Nery ressaltou ainda que o sindicato só irá
negociar com as empresas até as 18h de terça-feira.
“Após esse horário, não vamos negociar para não dizerem que fizemos
negociações na calada da noite. Nós determinamos que os trabalhadores
permanecem em suas casas e aqueles que, por ventura, queiram saber o
andamento das negociações devem ir para o sindicato, local onde terá
informações em tempo real”, afirmou.
Segundo Alberto Nery as empresas não demonstram ter disponibilidade
para atender as reivindicações da categoria. “Os rodoviários pedem
aproximadamente 13% de aumento salarial, mas houve uma reunião em
Salvador, que é referência, e o Ministério Público sugeriu a reposição
da inflação, que é de 8,42% e daria 2,5% de ganho real, correspondendo a
10,92%. Foi proposto durante uma reunião na capital um aumento linear
da ordem de 10%. Dentro desse parâmetro nós poderíamos frustrar a
possibilidade de uma greve em Feira de Santana, mas não temos nenhuma
garantia”, enfatizou.
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