segunda-feira, 18 de maio de 2015

Rodoviários de Feira de Santana vão decidir se entram em greve


Os motoristas e cobradores do transporte coletivo urbano de Feira de Santana participarão de uma assembleia nesta sexta-feira (16) na qual poderão decidir ou não pela paralisação das atividades por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (19).

De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana (Sintrafs), o vereador Alberto Nery, na reunião serão apresentadas as negociações que já foram realizadas até o momento com as empresas de ônibus Princesinha e 18 de Setembro.

Em entrevista ao Acorda Cidade, ele declara que as empresas não demostram ter disponibilidade para atender as reivindicações da categoria e informa que o sindicato defende uma greve por tempo indeterminado. A decisão poderá ser tomada durante a assembleia.

“Os rodoviários pedem aproximadamente 13% de aumento salarial, mas houve uma reunião em Salvador, que é referência, e o Ministério Público sugeriu a reposição da inflação, que é de 8,42% e daria 2,5 de ganho real, correspondendo a 10,92%. Ontem nosso vice-presidente esteve em uma reunião na capital e foi proposto um aumento linear da ordem de 10%, que inclusive a classe patronal de lá não aceitou. Dentro desse parâmetro nós poderíamos frustrar a possibilidade de uma greve em Feira de Santana, mas como não temos nenhuma garantia, então vamos fazer assembleia e a nossa defesa será por greve por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira. Nós não vamos abrir mão daquilo que é nosso direito. Se a postura deles for mantida, pode haver greve por tempo indeterminado”, enfatizou.

O vereador e presidente do sindicato disse também que os empresários informaram que a liberação do reajuste será feita se o Governo Municipal permitir um novo ajuste da tarifa de ônibus.  “Eles precisam entender que já houve um aumento recente de R$ 2,35 para R$ 2,70 e que mesmo assim não houve nenhuma melhora na frota, que continua a mesma e a cada dia envelhecendo mais”, disse. 

“Estamos no período de campanha salarial. Normalmente nessa época já era para ter acabado todo o calendário de negociação, mas as empresas forneceram o calendário com certo atraso e até o presente momento só houve duas reuniões. Estamos convocando assembleia para apresentar aos trabalhadores as negociações feitas até aqui. Da forma que estão caminhando as negociações, os empresários não têm nenhuma disponibilidade de atender as nossas reivindicações. Para garantir a data base foi um sacrifício, assim como foi para conseguir as conquistas anteriores”, concluiu.

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