
Os motoristas e cobradores do transporte
coletivo urbano de Feira de Santana participarão de uma assembleia nesta
sexta-feira (16) na qual poderão decidir ou não pela paralisação das
atividades por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (19).
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Feira de
Santana (Sintrafs), o vereador Alberto Nery, na reunião serão
apresentadas as negociações que já foram realizadas até o momento com as
empresas de ônibus Princesinha e 18 de Setembro.
Em entrevista ao Acorda Cidade, ele declara que as empresas não
demostram ter disponibilidade para atender as reivindicações da
categoria e informa que o sindicato defende uma greve por tempo
indeterminado. A decisão poderá ser tomada durante a assembleia.
“Os rodoviários pedem aproximadamente 13% de aumento salarial, mas
houve uma reunião em Salvador, que é referência, e o Ministério Público
sugeriu a reposição da inflação, que é de 8,42% e daria 2,5 de ganho
real, correspondendo a 10,92%. Ontem nosso vice-presidente esteve em uma
reunião na capital e foi proposto um aumento linear da ordem de 10%,
que inclusive a classe patronal de lá não aceitou. Dentro desse
parâmetro nós poderíamos frustrar a possibilidade de uma greve em Feira
de Santana, mas como não temos nenhuma garantia, então vamos fazer
assembleia e a nossa defesa será por greve por tempo indeterminado a
partir da próxima terça-feira. Nós não vamos abrir mão daquilo que é
nosso direito. Se a postura deles for mantida, pode haver greve por
tempo indeterminado”, enfatizou.
O vereador e presidente do sindicato disse também que os empresários
informaram que a liberação do reajuste será feita se o Governo Municipal
permitir um novo ajuste da tarifa de ônibus. “Eles precisam entender
que já houve um aumento recente de R$ 2,35 para R$ 2,70 e que mesmo
assim não houve nenhuma melhora na frota, que continua a mesma e a cada
dia envelhecendo mais”, disse.
“Estamos no período de campanha salarial. Normalmente nessa época já
era para ter acabado todo o calendário de negociação, mas as empresas
forneceram o calendário com certo atraso e até o presente momento só
houve duas reuniões. Estamos convocando assembleia para apresentar aos
trabalhadores as negociações feitas até aqui. Da forma que estão
caminhando as negociações, os empresários não têm nenhuma
disponibilidade de atender as nossas reivindicações. Para garantir a
data base foi um sacrifício, assim como foi para conseguir as conquistas
anteriores”, concluiu.
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