Entre os anos de 1946 e 1947, cerca de 170 presos políticos japoneses
foram alojados, torturados e alguns acabaram mortos na Ilha
Representantes da Comissão da Verdade Municipal e da Comissão da
Verdade Estadual reuniram-se no último dia 2 de maio na Ilha Anchieta,
Ubatuba. O objetivo do encontro foi levantar subsídios para a construção
de um monumento histórico em homenagem à Colônia Japonesa no local.
No contexto do pós Segunda Guerra Mundial, entre os anos de 1946 e
1947, cerca de 170 presos políticos japoneses foram alojados, torturados
e alguns acabaram mortos na Ilha.
A grande maioria dos detidos era inocente e acusada de crimes sem
fundamento, como se recusarem a pisar na bandeira do Japão, por exemplo.
Tal fato foi considerado vergonhoso pela colônia japonesa por muitos
anos, mas depois de uma retratação em 2013 pela advogada Rosa Cardoso,
representante da Comissão Nacional da Verdade, as prisões passaram a ser
motivo de orgulho.
Em seu documentário denominado Yami no Ichinichi – O Crime que abalou a
Colônia Japonesa no Brasil, Mario Jun Okuhara descreve todo o processo
das famílias nikkeis no Brasil e explica a importância desse
reconhecimento para os imigrantes.
Este ano é de celebração para a comunidade no Brasil. São 120 anos de
cultura japonesa no país e 70 anos do fim da Segunda Guerra.
“A preservação da Ilha e a homenagem aos japoneses são os pontos mais
importantes para o projeto. Com isso, a cidade passará a fazer parte da
história do Brasil ainda mais e também ganhará um novo atrativo
turístico”, afirma José Lindolfo Candinho, presidente da Companhia de
Turismo de Ubatuba.
O filme completo você pode acompanhar pelo link http://bit.ly/1JgVcxv.
Ilha Anchieta
Com o Tratado de Paz de Iperoig firmado em 1563 a Ilha Anchieta foi
oficializada parte da ocupação pelos portugueses, holandeses, franceses e
demais imigrantes colonizadores.
Aos poucos foram construindo casas, igreja, comércios e até um cemitério, com o intuito de tornar uma cidadezinha.
Em 1902, foi construído o presídio para que os criminosos “mais
perigosos da região” fossem isolados e a maioria dos residentes acabaram
despejados, restando apenas os soldados e suas famílias.
Presos “comuns” de alta periculosidade e presos políticos ficaram no
presídio, desativado em 1952 depois de uma enorme rebelião.
Atualmente, o presídio funciona apenas como um ponto turístico para Ubatuba.
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