quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

FATO A SER INVESTIGADO. SERIAMENTE.

Pessoas são coagidas a fazer cadastro na Funai
   Moradores eram recrutados para se inscreverem como se fossem índios para engrossar
 invasões de terra no sul da Bahia.
Centenas de moradores são coagidos a fazer cadastro na Funai (Fundação Nacional de Índios)
 como se fossem índios para engrossar invasões de terra no sul da Bahia. A região vive um
 conflito permanente por causa da expulsão de agricultores dessas propriedades. 
O Jornal da Band revelou, com exclusividade, como funciona a fraude que criou 
uma tribo de falsos indígenas.

Apesar de a constituição proibir a ampliação de áreas indígenas desde 1988, 
a  Funai faz vista grossa e há quatro anos demarcou uma área de quase 50 mil hectares 
que abrange três municípios.

A área pretendida pela Funai fica numa região conhecida como Costa do Cacau e do Dendê. 
São terras ocupadas tradicionalmente há séculos por mestiços, descendentes de índios,
 brancos e negros que povoaram o Brasil desde os tempos do descobrimento.

Enquanto o Ministério da Justiça não dá a palavra final, mais de 100 propriedades já foram
 invadidas por grupos armados liderados por caciques que se dizem índios Tupinambá. 
Mesmo quem tem mandados de reintegração de posse é obrigado a aguardar o efetivo
 da polícia que é escasso na região.

Os conflitos aumentaram desde que uma base da Polícia Federal foi atacada no início do ano. 
Os índios são apontados como autores dos disparos. No início do mês, um agricultor foi morto a tiros e 
teve a orelha cortada. Quatro suspeitos são procurados, mas até agora ninguém foi preso.

Para aumentar o exército de invasores, os caciques fora da lei forjam cadastros de não índios. 
E em bairros da periferia de Ilhéus a lista já passa de oito mil.

Depois que o escândalo dos registros falsos veio à tona, mais de 300 pessoas procuraram
 voluntariamente a Funai para se descadastrar. Procurada, a Funai disse que não tutela 
índios e que não vai comentar a denúncia. O juiz e a procuradora responsáveis pela
investigação e pelo julgamento do assassinato do líder dos produtores de cacau 
reclamam da ausência do estado na região.

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