Cerca de 400 integrantes do Movimento de Luta pela Terra (MLT) ocuparam
a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra),
no Centro Administrativo da Bahia (CAB), na manhã desta terça-feira, 24.
Mais membros do MTL ainda são aguardados para participar do ato.

Eles seguiram em caminhada para a Governadoria, onde pretendem se
reunir com o governador Rui Costa. De acordo com Secretaria de
Comunicação do Governo (Secom), o petista está em reunião desde o início
da manhã e ainda não se encontrou com os manifestantes.
A assessoria da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) informou que
representantes do MLT se reuniram nesta segunda, 23, com o secretário da
SDR, Jerônimo Rodrigues, que é responsável por discutir questões
ligadas ao campo. No encontro, eles discutiram a pauta apresentada,
pedindo investimentos na área de educação no campo, barragens,
cisternas, sistemas de abastecimento de água, melhorias de estradas
vicinais, construção e reformas de casas.
Nesta manhã, o secretário está na Governadoria, aguardando o encontro com entre Rui Costa e os manifestantes.
Reivindicação
De acordo com o coordenador do MTL, Carlos Alberto Santos, a pauta
deles está reprimida desde 2009. "Vamos cobrar a pauta reprimida de 2009
e 2010, que não foram atendidas. Queremos continuar morando no campo,
porque é lá que se produz, mas as políticas públicas para essa área vêm
de forma lenta", critica.
Carlos Alberto Santos explica que a pauta deles se assemelha a do Movimento Sem Terra (MST),
que esteve este mês acampado no Incra. Os trabalhadores rurais deixaram
o espaço após negociação com o governador e promessas de investimentos
na agricultura familiar e assentamentos.
MLT
O MLT surgiu em 1993 em ocupações em áreas improdutivas. Na Bahia, eles
começaram a atuar em Ilhéus, no sul da Bahia. Atualmente, eles têm
representantes em 16 estados. Na Bahia, há integrantes do MTL nas
regiões da Chapada Diamantina, Irecê, sul e extremo sul da Bahia, além
do entorno metropolitano de Salvador.

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