A marcha do MST reúne cerca de 6 mil sem terras das dez regiões da Bahia e
terá um trajeto de 116 quilômetros, entre Feira de Santana e Salvador.
O deputado federal e membro do movimento, Valmir Assunção (PT-BA), aponta
para as políticas públicas que precisam avançar citando a necessidade de
continuar com as desapropriações de terras e desenvolver ainda mais a
infraestrutura dos assentamentos existentes.
“O MST segue as ações como movimento social de luta pela terra, e o país
precisa participar desse diálogo sobre a reforma agrária e melhores condições
para a vida no campo. A sociedade não é isenta desse debate, é preciso ampliar
o diálogo com os setores de produção, técnicos e desenvolver mais assistência
técnica, investimentos na convivência com a longa estiagem e em projetos de
beneficiamento e comercialização de alimentos da agricultura familiar”, diz
Valmir.
De acordo com o dirigente nacional do MST, Marcio Matos, há um novo cenário
político na Bahia que abre espaço para o diálogo com a sociedade, com os órgãos
públicos e com movimentos que debatem a reforma agrária no país, defendendo a
construção de um sistema mais igualitário.
“Essa marcha cumpre o papel de estreitar as relações entre o MST e a
população baiana. Nossa jornada de luta segue os mesmos parâmetros das
anteriores, levando cada vez mais militantes para as ruas. Dessa vez vamos de
Feira para Salvador com mais de 6 mil pessoas”, salienta.
Matos ainda informa que a concentração da marcha já acontece em Feira de
Santana neste domingo (8/3), e a abertura da programação será com a ação das
Mulheres Sem Terra, marcada para essa segunda-feira (9).
Ainda conforme o MST, os trabalhadores rurais pretendem cumprir o trajeto da
marcha de Feira a Salvador em seis dias.
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