sexta-feira, 4 de abril de 2014

ABANDONADOS POR DEUS... E PELO ESTADO BRASILEIRO.

SERRA DAS TREMPES, BAHIA

                Em uma região totalmente desconhecida da quase totalidade da população brasileira, camponeses trabalhadores estão atualmente em situação degradante.

 Esta região da qual estamos falando localiza-se nos municípios de Buerarema e Una, é conhecida como Serra das Trempes e está incrustada no meio da área de litígio entre pequenos agricultores e índios da etnia Tupinambá de Olivença.

As propriedades rurais são na sua esmagadora maioria classificadas como pequenas propriedades de agricultura familiar, por possuírem entre 50 a 100 hectares.

Essas famílias de agricultores subsistem principalmente do cultivo da seringa, cacau e do beneficiamento da mandioca em farinha, onde é feita em casas de farinha comunitárias.
Casa de farinha comunitária em Serra das Trempes


Hoje cerca de 80% das propriedades foram retomadas pelos Tupinambás, o que dificulta ainda mais a subsistência dos agricultores que dependem da terra para sobreviver.

Não estamos aqui dizendo que os índios não tem direito a terra; o que a sociedade exige é um posicionamento do governo federal, que há quase 10 anos, isso mesmo, 10 anos, está com o processo de demarcação indígena das terras tupinambás em cima da mesa de juízes que ganham astronômicos salários de mais de 20.000 reais, mas que nada fazem e nada resolvem.

Que seja o mais rápido possível definida qual área pertence aos Tupinambás, sendo paga pelo governo federal a devida indenização aos pequenos agricultores.

Em declarações dadas por alguns desses agricultores, deixaram claro a conivência por parte da FUNAI, que funciona como braço forte dos indígenas, causando uma situação para todos os pequenos agricultores de abandono, pois não são assistidos por nenhum órgão governamental para equilibrar os interesses, relatam também a ação do IBAMA que age de forma arbitrária contra esses, no tocante a autuação pelo manejo inapropriado da terra, muitas vezes por falta de orientação do órgão. “Não queremos trabalhar e viver contra alei, mas sim na forma da lei, mas para isso necessitamos da devida orientação dos órgãos responsáveis - existe espaço para que indígenas e agricultores convivam em harmonia, mas para isso o governo deve tomar uma posição sobre o que pertence a quem e até onde, não limitando a convivência, mas o limite onde ambas as partes devem permanecer respeitando a cultura de cada um. Somos trabalhadores, não somos bandidos, não roubamos, somos pessoas de bem que só querem criar seus filhos e viver em paz”. Concluem.


Não aguentamos mais ver o povo sofrendo pela inanição do governo federal.

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