Em
uma região totalmente desconhecida da quase totalidade da população brasileira,
camponeses trabalhadores estão atualmente em situação degradante.
Esta região da qual estamos falando
localiza-se nos municípios de Buerarema e Una, é conhecida como Serra das
Trempes e está incrustada no meio da área de litígio entre pequenos
agricultores e índios da etnia Tupinambá de Olivença.
As
propriedades rurais são na sua esmagadora maioria classificadas como pequenas
propriedades de agricultura familiar, por possuírem entre 50 a 100 hectares.
Essas famílias
de agricultores subsistem principalmente do cultivo da seringa, cacau e do
beneficiamento da mandioca em farinha, onde é feita em casas de farinha
comunitárias.
Casa de farinha comunitária em Serra das Trempes
Hoje cerca de
80% das propriedades foram retomadas pelos Tupinambás, o que dificulta ainda
mais a subsistência dos agricultores que dependem da terra para sobreviver.
Não estamos
aqui dizendo que os índios não tem direito a terra; o que a sociedade exige é
um posicionamento do governo federal, que há quase 10 anos, isso mesmo, 10
anos, está com o processo de demarcação indígena das terras tupinambás em cima
da mesa de juízes que ganham astronômicos salários de mais de 20.000 reais, mas
que nada fazem e nada resolvem.
Que seja o
mais rápido possível definida qual área pertence aos Tupinambás, sendo paga
pelo governo federal a devida indenização aos pequenos agricultores.
Em declarações
dadas por alguns desses agricultores, deixaram claro a conivência por parte da
FUNAI, que funciona como braço forte dos indígenas, causando uma situação para
todos os pequenos agricultores de abandono, pois não são assistidos por nenhum
órgão governamental para equilibrar os interesses, relatam também a ação do
IBAMA que age de forma arbitrária contra esses, no tocante a autuação pelo
manejo inapropriado da terra, muitas vezes por falta de orientação do órgão.
“Não queremos trabalhar e viver contra alei, mas sim na forma da lei, mas para
isso necessitamos da devida orientação dos órgãos responsáveis - existe espaço
para que indígenas e agricultores convivam em harmonia, mas para isso o governo
deve tomar uma posição sobre o que pertence a quem e até onde, não limitando a
convivência, mas o limite onde ambas as partes devem permanecer respeitando a
cultura de cada um. Somos trabalhadores, não somos bandidos, não roubamos,
somos pessoas de bem que só querem criar seus filhos e viver em paz”. Concluem.
Não aguentamos mais ver o povo sofrendo pela inanição do governo federal.
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