quinta-feira, 30 de abril de 2015

TRAIDORES DE TRABALHADORES SERÃO DENUNCIADOS NO 1º MAIO

Ataques aos direitos trabalhistas representados pela PL-4330 e MP 664 e 665 são alvos de destaque na manifestação deste ano do Dia 1º de Maio, sexta-feira, na cidade de Aracaju. Lideranças sindicais filiadas à Central Única dos Trabalhadores (CUT/SE) se somam à juventude, trabalhadores do campo e da cidade engajados no MOTU e MST. A concentração está marcada para as 8h, na Pça Chico Mendes próximo ao Gbarbosa do Orlando Dantas, de lá os manifestantes seguem em marcha até o bairro Santa Maria, onde serão realizadas atividades político-culturais e diálogo com a população.

A CUT/SE pretende dar ampla visibilidade aos nomes e fotografias dos deputados federais recém-eleitos, traidores dos trabalhadores sergipanos: Laércio Oliveira (Solidariedade), proprietário de empresa de prestação de serviço terceirizado, que no começo do ano solicitou o desarquivamento do Projeto de Lei 4330 – após quase 10 anos de luta e pressão, o movimento sindical tinha conseguido arquivar o PL 4330 antes das eleições. Além dele, outros deputados federais sergipanos votaram a favor do Projeto de Lei que libera o direito de exploração irrestrita dos trabalhadores: Adelson Barreto (PTB), André Moura (PSC), Fábio Mitidieri (PSD) e Fábio Reis (PMDB). A manifestação vai marcar os nomes destes traidores, eleitos pelo voto do povo sergipano.

A aprovação do PL 4330 preocupa todos os trabalhadores do presente e do futuro, pois aponta para o fim do concurso público e o fim da estabilidade no emprego. A permissão para a terceirização da atividade fim, que acaba de ser aprovada na Câmara Federal, significa que qualquer trabalho poderá ser terceirizado.

Com jornadas mais longas, remuneração menor e sem estabilidade no emprego, os trabalhadores terceirizados ficam à mercê dos ‘padrinhos políticos’ que definiram sua contratação – pois sem concurso público, os trabalhadores serão contratados por indicação política. Com tantas desvantagens aos trabalhadores, quem é favorecido por este modelo de contratação precarizada? Os empresários, os donos de empresa de terceirização de serviço e os políticos. Os empresários terão mais lucro explorando mais os trabalhadores. Enquanto os políticos terão mais poder sobre o voto e o destino destes trabalhadores.

O protesto contra a retirada de direitos trabalhistas e contra o PL 4330 também denuncia a falência do sistema político atual, incapaz de eleger quem trabalhe em favor da maioria da população, portanto a Reforma Política feita diretamente pela população brasileira é pauta importante na manifestação do 1º de Maio. A democratização dos meios de comunicação é outra pauta decisiva para mudar o cenário político nacional, marcado pela desinformação e o controle político das maiores redes de televisão e comunicação.

A Reforma Agrária integra a pauta do 1º de Maio e o MST vai denunciar a exploração do trabalhador do campo através do latifúndio – intimamente ligado à manutenção deste sistema político que mantém o poder nas mãos dos mesmos grupos familiares e não opera mudanças em favor da maioria da população.

O MOTU, o DCE-UFS, DCE-Unit, o Levante Popular da Juventude, o Centro D José Brandão de Castro, o MNDH e as comunidades quilombolas de Sergipe também se somam na luta pela demarcação das terras quilombolas, por moradia digna para o trabalhador da cidade; contra a redução da maioridade penal, por mais educação, saúde e cultura para a juventude empobrecida e contra o extermínio de jovens negros.

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