A vitalidade dos movimentos sociais
e, sobretudo, as novas formas de se pensar e viver política são temas
de extrema importância a todos os que pensam e debatem o Brasil. É neste
sentido que fazemos questão, aqui no blog, de destacar a vigorosa e
importante lição que o Levante Popular da Juventude, em tão pouco tempo
de existência, vem trazendo ao país.
Em 2012, ano de seu primeiro acampamento nacional, o movimento reuniu
1.500 jovens procurando pensar em uma identidade própria. Ano passado, o
número dobrou. Mais de 3 mil jovens, de todos os cantos do país, deram
um show de organização coletiva durante o segundo acampamento do
movimento, em Cotia, no interior de São Paulo.
As bandeiras do Levante podem ser conhecidas em seu blog. Os leitores
deste blog já as conhecem e sabem que o movimento se faz presente em
lutas que vão desde as manifestações contra a Lei de Anistia recíproca –
que deixa impune ex-torturadores e criminosos da ditadura -, a
bandeiras mais do que fundamentais da luta contra o racismo, o machismo e
a homofobia.
Movimento quer o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais
Além da defesa de uma reforma política a partir de uma Constituinte
exclusiva. “A forma de fazer política hoje só interessa aos ricos, pois
estes se mantém no poder através da lógica de financiamento privado,
entre outras. Mudar radicalmente o sistema político é tarefa da classe
estudantil. E a mudança na política não virá desse Congresso
conservador, mas tão somente do próprio povo. Por isso, precisamos
realizar uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana, para garantir
a representação popular e construir um sistema político que resolva
nossos problemas”, afirma o Movimento Levante Popular da Juventude.
Recentemente, o Levante denunciou o que está por trás da campanha
contra a Petrobras, destacando que ao associar a estatal brasileira a um
punhado de corruptos, o objetivo é privatizá-la. “Querem o petróleo
para encher ainda mais seus bolsos, acabando com a única possibilidade
do uso soberano de nossa riqueza para ampliar direitos sociais”. O
Levante também está, neste momento, na luta em prol da Educação e contra
o pacotaço de ajuste orçamentário do governo Beto Richa no Paraná.
Essas são algumas lutas que citamos aqui, convidando a todos para
assistirem ao documentário que eles divulgaram, durante o II Acampamento
Nacional em Cotia (SP). Nestas imagens vocês poderão saber quem são
estes jovens que se auto-definem como a “juventude do projeto popular” e
que – felizmente! – o Movimento “não baixa a cabeça para as injustiças e
desigualdades”.
Stédile: “estamos aprendendo com essa juventude a fazer política”
O vídeo traz depoimentos dos militantes, suas bandeiras e sonhos.
Também mostra a vitalidade, o resgate da cultura (música, teatro etc), o
debate das ideias políticas, a seriedade e, ao mesmo tempo, a alegria
própria da prática da luta coletiva por um país melhor. Como destaca um
dos líderes do MST, João Paulo Stédile, que aparece no documentário, “o
que estamos aprendendo com a juventude é debater política” e “fazer
política pela arte, pela simbologia, pela cultura. É isso que vai
enraizar o conhecimento”.
O vídeo traz, também, um convite: em seu blog (confiram aqui),
o Levante lançou a coluna “Papo da Semana” que traz um texto de análise
de conjuntura comentando o que está acontecendo nacional e
internacionalmente. “Análise de conjuntura pé no chão e fresquinha,
feita pelo Levante a partir das nossas próprias vivências, anseios e
necessidades”, afirma a chamada no blog deles. Não percam e cliquem aqui para assistir ao vídeo.
Por Blog do Zé Dirceu
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