A Comissão Estadual da Verdade - Bahia enviou nesta terça-feira (10)
ofício ao governador Rui Costa manifestando sua preocupação com a
operação policial da Rondesp, que resultou na morte de 12 jovens, e “com
as declarações recentes de representantes do Governo, em defesa prévia e
perigosa de fatos possivelmente violadores dos direitos humanos,
sobretudo do direito à vida, ainda que apoiados por parte da população”.
Segue , na íntegra, o texto do ofício enviado ao governador do Estado:
“Diante da recente operação policial da Rondesp, que resultou na
morte de pelo menos 12 jovens, a Comissão Estadual da Verdade da Bahia,
constituída na forma do Decreto nº 14.227/2012, para revelar
perseguições, desaparecimentos, mortes e tortura ocorridos no período da
Ditadura Civil Militar neste Estado, e contribuir para a prevenção de
fatos semelhantes no presente e no futuro, considera cumprimento de
seu compromisso manifestar preocupação:
1- com as declarações de representantes do Governo, em defesa prévia e perigosa de fatos possivelmente violadores dos direitos humanos, sobretudo do direito à vida , ainda que apoiados por parcela da população;
2- com as contraditórias versões entre representantes de órgãos de segurança e moradores dos bairros atingidos que presenciaram os fatos mas, compreensivelmente, temem identificar-se.
Assim, pela efetivação do estado democrático de direito, com a erradicação das práticas recorrentes na Ditadura , confiamos na imparcialidade para apuração destes e de outros fatos semelhantes, e responsabilização pelas suas consequências. E sugerimos ainda que ampla campanha educacional seja deflagrada pelo Poder Publico, difundindo valores éticos e respeito à vida e ao cidadão, como forma de prevenção ao atual estado de desrespeito aos direitos humanos”.
1- com as declarações de representantes do Governo, em defesa prévia e perigosa de fatos possivelmente violadores dos direitos humanos, sobretudo do direito à vida , ainda que apoiados por parcela da população;
2- com as contraditórias versões entre representantes de órgãos de segurança e moradores dos bairros atingidos que presenciaram os fatos mas, compreensivelmente, temem identificar-se.
Assim, pela efetivação do estado democrático de direito, com a erradicação das práticas recorrentes na Ditadura , confiamos na imparcialidade para apuração destes e de outros fatos semelhantes, e responsabilização pelas suas consequências. E sugerimos ainda que ampla campanha educacional seja deflagrada pelo Poder Publico, difundindo valores éticos e respeito à vida e ao cidadão, como forma de prevenção ao atual estado de desrespeito aos direitos humanos”.
A Comissão Estadual da Verdade é formada pelos jornalistas Carlos
Navarro (coordenador) e Walter Pinheiro, advogados Vera Leonelli e
Jackson Azevedo e pelos professores Amabília Almeida, Dulce Aquino e
Joviniano Neto.
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