Comunidade quilombola de Ilha de Maré faz reivindicação na Câmara
Denúncias sobre o aumento da poluição em Ilha de Maré, acompanhadas de reivindicações para melhorar a localidade, marcaram a audiência pública da Comissão de Reparação da Câmara com a comunidade quilombola desta localidade que pertence ao município de Salvador e fica na parte central da Baía de Todos os Santos. O debate dirigido pelo vereador Silvio Humberto (PSB), na manhã desta sexta-feira (6), no auditório do Edifício Bahia Center, que deu vez e voz para os pescadores quilombolas relatarem seus problemas.
“Estamos aqui para ouvir as reivindicações, atuando como ponte e concentrando esforços para que a prefeitura abra um canal de diálogo e atenda as demandas aqui apresentadas”, destacou o vereador Silvio Humberto. Ele dedicou a maior parte do tempo da audiência pública para que a comunidade quilombola de pescadores e marisqueiras de Ilha de Maré e regiões vinhas expusesse suas demandas.
Integrante do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil, Marizélia Lopes fez sérias denúncias sobre a poluição das águas marinhas de onde centenas de famílias retiram o sustento. Segundo ela, por conta de acidentes com vazamento de produtos químicos no Porto de Aratu e na Refinaria Landulpho Alves, “milhares de vidas correm perigo por conta da contaminação dos pescados”.
Integrante do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil, Marizélia Lopes fez sérias denúncias sobre a poluição das águas marinhas de onde centenas de famílias retiram o sustento. Segundo ela, por conta de acidentes com vazamento de produtos químicos no Porto de Aratu e na Refinaria Landulpho Alves, “milhares de vidas correm perigo por conta da contaminação dos pescados”.

Alerta
Marizélia alertou para os vazamentos de propeno, metano, arsênio e óleo, acrescentando a contaminação dos mariscos e pessoas com chumbo, cádmio e mercúrio. Também sugeriu a realização de exames médicos nos moradores de Ilha de Maré para medir o nível de contaminação. “Moramos dentro de um pólo químico”, considerou.
Além das denúncias, a representante da comunidade apresentou várias reivindicações em documento repassado aos vereadores Silvio Humberto e Hilton Coelho (PSOL). Vendo o pleito como direito e não favor, os moradores pediram escola de segundo grau, curso de capacitação, posto de saúde, creche, estrada interligando as comunidades, saneamento básico para evitar que a rede de esgoto seja ligada diretamente à praia, contaminado-a, melhorias na iluminação, dentre outras demandas.
Na compreensão de Marizélia, existe um “racismo institucional” contra as comunidades quilombolas. Ela encerrou a longa exposição chorando e frisando que “não estava pedindo nenhum favor, mas lutando para a garantia de direitos”.
Além das denúncias, a representante da comunidade apresentou várias reivindicações em documento repassado aos vereadores Silvio Humberto e Hilton Coelho (PSOL). Vendo o pleito como direito e não favor, os moradores pediram escola de segundo grau, curso de capacitação, posto de saúde, creche, estrada interligando as comunidades, saneamento básico para evitar que a rede de esgoto seja ligada diretamente à praia, contaminado-a, melhorias na iluminação, dentre outras demandas.
Na compreensão de Marizélia, existe um “racismo institucional” contra as comunidades quilombolas. Ela encerrou a longa exposição chorando e frisando que “não estava pedindo nenhum favor, mas lutando para a garantia de direitos”.
Respostas
As palavras de Marizélia foram reforçadas pelos demais quilombolas, a exemplo de Elionice Sacramento, que defendeu um pacto de união para que as reivindicações sejam atendidas. Para Vilma Reis, a audiência pública que estava sendo realizada não poderia ficar sem respostas dos governantes. “São 10 mil pessoas que não ficarão em silêncio”, frisou, apontando também para outras mobilizações previstas.
Enquanto acontecia o debate público centrado em denúncias de poluição e demandas para Ilha de Maré, do lado de fora do anexo Bahia Center, na Rua Rui Barbosa, por conta da capacidade do auditório ter atingido o limite máximo, uma parte do grupo de pescadores quilombolas manteve a mobilização tocando sambas, canções de protesto e gritando palavras de ordem.
Participaram da mesa de trabalho da audiência pública, além dos vereadores Silvio Humberto e Hilton Coelho e de Marizélia Lopes, os representantes do governo estadual e prefeitura Eduardo Santana, Antônio Purificação, Gilberto Almeida, Joana D’arc, Rafael Cordeiro e Sônia Mota.
Enquanto acontecia o debate público centrado em denúncias de poluição e demandas para Ilha de Maré, do lado de fora do anexo Bahia Center, na Rua Rui Barbosa, por conta da capacidade do auditório ter atingido o limite máximo, uma parte do grupo de pescadores quilombolas manteve a mobilização tocando sambas, canções de protesto e gritando palavras de ordem.
Participaram da mesa de trabalho da audiência pública, além dos vereadores Silvio Humberto e Hilton Coelho e de Marizélia Lopes, os representantes do governo estadual e prefeitura Eduardo Santana, Antônio Purificação, Gilberto Almeida, Joana D’arc, Rafael Cordeiro e Sônia Mota.
Nenhum comentário:
Postar um comentário