“RESERVA
PATAXÓ DA JAQUEIRA”
O passado!
Criada em 1998 pela comunidade indígena
Pataxó da Coroa Vermelha, após muita luta das irmãs Nitinauãn, Jandaia e
Naiara que sonharam que era possível resgatar o modo tradicional de viver,as
histórias, os rituais e preservar a floresta. Está situada a 12 km do
centro de Porto Seguro, em plena Mata Atlântica e ocupa uma área de 827
hectares. Tem como objetivos principais a revitalização da história, do
idioma, a afirmação cultural e a preservação do meio ambiente tornando-se
um importante difusor da cultura pataxó e modelo de turismo sustentável
numa aldeia indígena. Local de muita energia positiva, tornou-se símbolo da
resistência do povo Pataxó e é respeitado por eles como um lugar sagrado e
morada dos espíritos, pois foi habitado pelos seus ancestrais.
Todos os anos no dia 1º, de agosto a
comunidade da Jaqueira comemora o aniversário de fundação da reserva, com o
Araguakisã, que significa Dia da Vitória, com muitos rituais, comida e
casamentos na forma tradicional.
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No local chamado quigeme – um grande círculo
coberto onde acontecem os rituais -, índios, vestidos e pintados a caráter,
recepcionam os visitantes com manifestações de sua cultura. Os turistas têm a
oportunidade de praticar jogos de arco e flecha, adquirir artesanato confeccionado
na própria tribo, fazer trilhas e, ainda, experimentar a saborosa culinária
típica, que inclui pratos como o tradicional peixe assado na folha da patioba
(uma palmeira utilizada, também, na confecção de redes).
Existem duas opções de trilhas: a mais extensa
leva duas horas para ser percorrida, cruzando trechos densos da Mata Atlântica;
a outra, mais curta, de aproximadamente 40 minutos, permite ao visitante
conhecer as práticas agrícolas, a caça e o cultivo de algumas plantas
medicinais. No final do programa, a comunidade indígena convida todos a
participar do Auê, um ritual de agradecimento a Iamissun, o criador,
representado pela soma dos quatro elementos da natureza. Em seguida, acontece
uma pequena confraternização em agradecimento à visita, com a dança do
Passarinho.
A realidade e o futuro!
Preparando-se para receber os turistas que irão
frequentar a costa do litoral norte de Porto Seguro, as margens da BR-367, em
direção a Santa Crus de Cabrália, vivem os herdeiros de uma reserva ecológica
que sobe sua guarda a protege com uma árdua missão de preservar esse patrimônio
para seus descendentes, bem como para os visitantes que ali são bem recebidos e
acolhidos por índios pataxós. Dentre esses visitantes estão os alemães que
escolheram a Vila de Santo André, no estado da Bahia. O nome atribuído ao CT
particular é "Camp Bahia', e será um complexo fechado com 13 casas, um
campo de futebol e um centro de imprensa. Sua comitiva. Mesmo distante da li os
alemão vem sempre visitando a aldeia fazendo doações de uniformes e material
escolar, coisa que o governo Brasileiro deveria fazer. O que na verdade ele vem
tentando fazer por meio da SESAI (Secretaria da Saúde Indígena), é concluir uma
obra de perfuração de um poço artesiano a mais de 2 (dois) anos e até a data de
hoje não conseguiram concluir, o que vem causando problemas na aldeia, com a falta de água na escola e os alunos são
obrigados a abandonar as aulas.
Como não se bastasse os problemas, os índios
ainda estão sendo ameaçados pelos fazendeiros que ocupam suas terras a cada
dia, lotando para construção de
condomínios de luxo, sem nenhum tipo de fiscalização dos órgãos
competentes nem das autoridades locais responsáveis por um futuro inseguro para
os índios Pataxós.
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