segunda-feira, 2 de junho de 2014

CULTURA INDÍGENA PRESERVADA NO EXTREMO SUL DA BAHIA.

“RESERVA PATAXÓ DA JAQUEIRA”

O  passado!
Criada em 1998 pela comunidade indígena Pataxó da Coroa Vermelha, após muita luta das irmãs Nitinauãn, Jandaia e Naiara que sonharam que era possível resgatar o modo tradicional de viver,as histórias, os rituais e preservar a floresta. Está situada a 12 km do centro de Porto Seguro, em plena Mata Atlântica e ocupa uma área de 827 hectares. Tem como objetivos principais a revitalização da história, do idioma, a afirmação cultural e a preservação do meio ambiente tornando-se um importante difusor da cultura pataxó e modelo de turismo sustentável numa aldeia indígena. Local de muita energia positiva, tornou-se símbolo da resistência do povo Pataxó e é respeitado por eles como um lugar sagrado e morada dos espíritos, pois foi habitado pelos seus ancestrais.
Todos os anos no dia 1º, de agosto a comunidade da Jaqueira comemora o aniversário de fundação da reserva, com o Araguakisã, que significa Dia da Vitória, com muitos rituais, comida e casamentos na forma tradicional.




O presente!
No local chamado quigeme – um grande círculo coberto onde acontecem os rituais -, índios, vestidos e pintados a caráter, recepcionam os visitantes com manifestações de sua cultura. Os turistas têm a oportunidade de praticar jogos de arco e flecha, adquirir artesanato confeccionado na própria tribo, fazer trilhas e, ainda, experimentar a saborosa culinária típica, que inclui pratos como o tradicional peixe assado na folha da patioba (uma palmeira utilizada, também, na confecção de redes).
Existem duas opções de trilhas: a mais extensa leva duas horas para ser percorrida, cruzando trechos densos da Mata Atlântica; a outra, mais curta, de aproximadamente 40 minutos, permite ao visitante conhecer as práticas agrícolas, a caça e o cultivo de algumas plantas medicinais. No final do programa, a comunidade indígena convida todos a participar do Auê, um ritual de agradecimento a Iamissun, o criador, representado pela soma dos quatro elementos da natureza. Em seguida, acontece uma pequena confraternização em agradecimento à visita, com a dança do Passarinho.



A realidade e o futuro!
Preparando-se para receber os turistas que irão frequentar a costa do litoral norte de Porto Seguro, as margens da BR-367, em direção a Santa Crus de Cabrália, vivem os herdeiros de uma reserva ecológica que sobe sua guarda a protege com uma árdua missão de preservar esse patrimônio para seus descendentes, bem como para os visitantes que ali são bem recebidos e acolhidos por índios pataxós. Dentre esses visitantes estão os alemães que escolheram a Vila de Santo André, no estado da Bahia. O nome atribuído ao CT particular é "Camp Bahia', e será um complexo fechado com 13 casas, um campo de futebol e um centro de imprensa. Sua comitiva. Mesmo distante da li os alemão vem sempre visitando a aldeia fazendo doações de uniformes e material escolar, coisa que o governo Brasileiro deveria fazer. O que na verdade ele vem tentando fazer por meio da SESAI (Secretaria da Saúde Indígena), é concluir uma obra de perfuração de um poço artesiano a mais de 2 (dois) anos e até a data de hoje não conseguiram concluir, o que vem causando problemas na aldeia,  com a falta de água na escola e os alunos são obrigados a abandonar as aulas.
Como não se bastasse os problemas, os índios ainda estão sendo ameaçados pelos fazendeiros que ocupam suas terras a cada dia, lotando para construção de  condomínios de luxo, sem nenhum tipo de fiscalização dos órgãos competentes nem das autoridades locais responsáveis por um futuro inseguro para os índios Pataxós.





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