Em fase preparatória para o Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, marcado para a próxima quinta-feira (11/7), sete centrais sindicais com sede na Bahia se reuniram com a imprensa, na manhã desta terça (9/7), para divulgar o esquema do movimento no estado. O encontro aconteceu no auditório do Sindicato dos Comerciários, no bairro de Nazaré, em Salvador.
As centrais trabalham na mobilização das mais diversas categorias de trabalhadores para uma paralisação generalizada, em adesão à ação nacional. Entre as sete entidades, estão a CTB-BA, a Nova Central, a Força Sindical, a CUT-BA, a UGT, a Intersindical e a Conlutas.
Em Salvador, haverá atividades específicas dos trabalhadores, no início da manhã, e uma passeata unificada, às 11h, com concentração no Campo Grande até a Praça Municipal, no Centro. Após, os manifestantes vão participar de uma audiência na Câmara de Vereadores, marcada com o Movimento de Passe Livre (MPL).
A previsão é que os protestos aconteçam também nos municípios do interior do estado. Já estão confirmadas atividades em Feira de Santana, Vitória da Conquista, Jequié, Ilhéus, Itabuna, Camaçari, Alagoinhas e em algumas outras cidades das regiões Sul e Sudeste.
Entre os trabalhadores já confirmados para a mobilização, estão os rodoviários, os bancários, os industriários, os professores e os comerciários. As ações vão contar, ainda, com a participação dos movimentos sociais, entre eles a juventude, estudantes e movimentos comunitários.
“[Quinta-feira] Vai ser um dia rico. Essa vai ser uma luta conjunta das centrais, uma mobilização dos trabalhadores em busca da construção da pauta de reivindicações. É algo nacional e, na Bahia, precisamos fazer um movimento social”, explicou o presidente da CTB-BA, Aurino Pedreira.
Essa é a primeira que as centrais se unem em um dia nacional de lutas desde 1991. Para Magno Lavigne, presidente da UGT, o momento é de esquecer as divergências entre as entidades em prol da classe trabalhadoras. “Somos de matrizes ideológicas diferentes, mas somos todos companheiros”, afirmou.
Pauta Trabalhista
Os trabalhadores exigem que o Governo Federal e o Congresso atendam às reivindicações da Pauta Trabalhista, elaborada em 2010, durante a Conferência Nacional da Classe Trabalhadora. Entre os principais pontos, estão o fim do Fator Previdenciário, jornada de 40 horas sem redução salarial, e o fim do projeto de lei que amplia a terceirização.
A pauta também contempla mais investimentos em saúde, educação e segurança, transporte público de qualidade e democratização da mídia, reivindicações que também são bandeiras levantadas pelas últimas manifestações populares que acontecem no país.
Reforço
Após o encontro com a imprensa, Aurino Pedreira, da CTB-BA, se reuniu com representantes de movimentos sociais e militantes do PCdoB-BA para pedir apoio ao Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações. Estiveram presentes UJS, UEB, ABES e entidades representativas de moradia, de aposentados e de comunidades.
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