Depois de se reunir com representantes de movimentos socais do estado, na manhã de quinta-feira (4/7), a presidenta Dilma Rousseff lançou o Plano Safra para o Semiárido, no Centro de Convenções, em Salvador. O projeto é voltado para agricultores familiares do semiárido, que representa 70% de todo o território da Bahia.
A cerimônia de lançamento conta, também, com a presença do governador Jaques Wagner, do ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, prefeitos dos municípios baianos, autoridades e convidados.
O Plano Safra específico para o semiárido visa aumentar a segurança produtiva e melhorar a estrutura dos produtores rurais durante a estiagem, permitindo que o Nordeste conviva com a seca. O programa é uma extensão do Plano Safra da Agricultura Familiar e complementa as ações que os governos federal e estadual têm implementado para garantir a segurança hídrica da região.
Para a presidenta, o plano é o reconhecimento de que é possível conviver com os períodos de estiagem. "A seca não pode virar uma catástrofe, ela pode ser perfeitamente controlada. Para isso, é preciso vontade política e ação conjunta, e aqui houve ação conjunta para o semiárido".
Dilma informou, ainda, que o Plano Safra também vai garantir crédito para os agricultores desenvolverem suas plantações e que as máquinas distribuídas vão dar apoio à produção agrícola dos municípios.
Foram entregues 323 máquinas – 130 retroescavadeiras e 193 motoniveladoras –, todas voltadas para a agricultura e abertura e manutenção de estradas vicinais na Bahia. A presidenta aproveitou a ocasião para fazer a entrega simbólica de 250 ônibus escolares do Programa Caminho da Escola, de um total de 500 que o estado está recebendo.
Os pequenos agricultores do semiárido também serão beneficiados com a contratação de empresa para instalação de 84.846 cisternas de consumo. Uma ordem de serviço foi assinada para execução, por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e da Parnaíba (Codevasf), de 38.252 cisternas no estado. O investimento, de R$ 217,25 milhões, deve beneficiar 195 mil pessoas.
Outras 46.594 cisternas de consumo serão implantadas com o termo de compromisso assinado para repasse de recursos do Ministério da Integração Nacional para o governo da Bahia, beneficiando 325 mil pessoas com mais um investimento de R$ 264,63 milhões.
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