segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Movimentos sociais defendem o governo, mas cobram nova agenda política

Diversos movimentos sociais vieram, nessa quinta-feira a Brasília, demostrar apoio ao governo Dilma Rousseff. Os representantes das entidades, entre elas a CUT, Central Única dos Trabalhadores, e MTST, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, disseram que são contra a retirada de Dilma da presidência e cobraram medidas em apoio as suas áreas de atuação. O presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que vai defender o mandato.

"Isso implica agora nesse momento ir pras ruas entricheirados com arma na mão se tentarem derrubar a presidenta Dilma Rousseff. Qualquer tentativa de atentado à democracia, à senhora ou ao presidente Lula, nós seremos o exército que vai enfrentar essa burguesia na rua." 

As entidades fizeram críticas ao auste fiscal e a Agenda Brasil – projeto articulado pelo presidente do Senado Renan Calheiros, do PMDB, que teve o apoio de Dilma. O presidente do MTST, Guilherme Boulos, cobrou uma nova agenda.

Sonora: "Nós não aceitamos que o povo pague a conta da crise. A agenda do Brasil não é a agenda do Renan. Não é uma agenda de privatização, da autonomia do Banco Central, do aumento da idade mínima para aposentadoria. a agenda que o povo brasileiro quer é de reforma urbana com moradia, é de reforma agrária e é de democratização do sistema político e das comunicações do nosso país."

Os movimentos também pediram o veto ao projeto da Lei Antiterrorista aprovada na Câmara. Eles argumentam que o texto pode criminalizar os protestos.

O encontro, segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, teve o objetivo de se reaproximar dos movimentos sociais e recuperar a popularidade do governo.

Sonora: "Sem dúvida a popularidade aumenta na medida em que continuamos implantando os nossos programas, ganhamos tempo com nosso governo e vamos realizando o nosso trabalho."

No domingo, manifestações contra o governo estão marcadas em várias cidades brasileiras.

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