Frente aos
mais recentes acontecimentos envolvendo a política indigenista, a
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) divulgou nesta
quinta-feira, 25, um manifesto denunciando o que chama de “graves
retrocessos” em relação aos direitos dos povos indígenas.
O tom da nota
é de revolta e classifica o governo de Dilma Rousseff como
anti-indígena. Os poderes Legislativo e Judiciário, formando a trinca
colonial do Estado ao lado do Executivo, também foram alvos de crítica
pela Apib – caso da cruzada da bancada ruralista contra a garantia
constitucional de demarcação das terras tradicionais.
Para a
organização, o ano de 2016 começa apresentando ainda mais atos de
violações do Estado contra os povos indígenas. Os recentes cortes
orçamentários da Fundação Nacional do Índio (Funai), de acordo com a
nota, farão com que os povos indígenas paguem a conta da crise econômica
com seus direitos territoriais sublimados.
“A garantia
dos direitos dos povos indígenas reconhecidos pela Constituição Federal e
Tratados Internacionais que revogaram a ideologia do assimilacionismo é
responsabilidade de todo o Estado. Por isso preocupa a ofensiva
sistemática promovida principalmente pelo Legislativo e Executivo”, diz
trecho do manifesto.
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