quarta-feira, 2 de março de 2016



FAROESTE CABOCLO
Mais um grande evento se aproxima, colocando mais uma vez os holofotes da comunidade internacional sobre o Brasil.
Os grandes eventos aqui realizados nos últimos anos tiveram a pretensão de corrigir, ou pelo menos amenizar, velhas injustiças ocorridas.
Neste momento que antecede o principal evento esportivo mundial, a equipe deste blog vem mais uma vez irmanar-se com os povos indígenas para escancarar a verdade nua e crua, o massacre dos povos indígenas no pais das Olimpíadas.
Nas próximas semanas, iremos contar o genocídio dos Waimiri-Atroari, povo indígena que habita as imediações da cidade de Presidente Figueiredo, no estado do Amazonas, e que foi praticamente dizimado durante os anos de chumbo da ditadura militar para a construção da BR 174 (rodovia que liga as capitais de Manaus a Boa Vista).
Desenvolveremos essa reportagem com a publicação de capítulos periódicos.
Como um prenuncio de filmes violentos, recomendamos cautela aos leitores, pois os fatos aqui narrados serão desumanos e brutais.
Durante anos, o poder publico justificou tais ações como efeitos colaterais do desenvolvimento da região amazônica.
Cabe a você leitor, tirar suas próprias conclusões.
crianças waimiri-atroari


O POVO WAIMIRI-ATROARI
Habitantes das imediações da cidade de Presidente Figueiredo, distante cerca de 200 km de Manaus, foram contabilizados em 1905 por dois pesquisadores alemães em cerca de 6.000 pessoas, em 1968, nos primórdios do golpe militar, a FUNAI contabilizou 3.000, ou seja em pouco mais de meio século, um decréscimo de 50% da população.
Em 1983, um grupo de estudo da UNB contabilizou, pasmem caros leitores, 332 pessoas, isso mesmo, trezentas e trinta e dois sobreviventes, dos quais 216 eram crianças ou jovens com menos de vinte anos.
Continua...




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