Organizações repudiam liberação de agrotóxicos de Benzoato de Emamectina.
O poder judiciário da Bahia quer autorizar os produtores de algodão e soja do oeste do estado a utilizarem em suas lavouras o benzoato de emamectina. As lavouras da atual safra de algodão e soja da região vêm sofrendo com o ataque de uma lagarta, conhecida como Helicoverpa Armigera.
Entretanto, organizações sociais que compõem a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida lançaram uma carta em repúdio à liberação de agrotóxicos que contenham o produto benzoato de emamectina.

Segundo as entidades que compõem a campanha, existem diversas iniciativas para conter a expansão dessa lagarta, porém os produtores e a Secretaria de Agricultura do Estado da Bahia preferiram recorrer a um produto altamente tóxico na defesa de uma solução mais imediata, mas que incorre em riscos à saúde e ao meio ambiente.
Esse produto não possui registro e nunca foi usado no Brasil. Em 2007, a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indeferiu o registro do produto feito pela empresa Syngenta, ao afirmar que o benzoato de emamectina contém alto grau de neurotoxidade e é altamente perigoso à saúde em qualquer dose utilizada.
A Secretaria de Saúde da Bahia e o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) também se mostraram contrários ao uso.
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