A LUTA DA JUVENTUDE BRASILEIRA É PELA PROJEÇÃO DO PRÓPRIO UMBIGO. SERÁ??

Os telejornais se estenderam muito além da duração normal nesses últimos dias, gastando tempo sem fim para afirmar que foi um “grupo pequeno” que causou tudo isso que vai expresso no parágrafo anterior. Obviamente que satisfeitíssimos pela possibilidade de desgastarem o governo ao qual se opõem, esses noticiários exaltaram a tragédia até perderem o fôlego.
Nenhum veículo, porém, gastou mais do que alguns segundos com as duas vítimas fatais desse processo.
Marcos Delefrate, manifestante do Movimento Passe Livre, de 18 anos, morreu por atropelamento durante protesto em Ribeirão Preto (SP). Contudo, morreu por ter se arriscado a participar de protestos que todos sabiam que poderiam descambar para a violência. Fez uma escolha e pagou por ela.
Pior, porém, foi Cleonice Vieira de Moraes, gari, de 54 anos, que morreu em Belém (PA) após ter inalado gás lacrimogêneo lançado pela Polícia Militar. Cleonice trabalhava na limpeza noturna da prefeitura da cidade, que foi atacada por manifestantes. A polícia explodiu bombas de gás para dispersá-los, ela inalou, passou mal e teve uma parada cardíaca.
Essas baixas trágicas se tornaram apenas “efeitos colaterais” de um processo insano, sem rumo, sem causa específica. Mortes, ferimentos graves que resultaram até em mutilações horrorosas não interessam a ninguém. Cleonice e Marcos viraram números frios.
Em que esta sociedade se converteu? Enfim viramos robôs. Máquinas desprovidas de sentimentos, de civilidade, de qualquer traço de humanidade.
Nesse aspecto, a foto que encima este texto comprova isso. O caos em que se converteram as urbes brasileiras virou uma imensa “balada” para a qual hordas de jovens de classe média combinavam de ir através de troca de torpedos entre seus Iphones de última geração.
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